quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Morre articulador da emenda da reeleição

 
 
 
O ex-ministro e ex-deputado Luiz Carlos Santos morreu nesta quinta-feira (31) aos 80 anos em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.
 
 
Luiz Carlos nasceu em Araxá (MG) em 1932 e se formou em Direito pela USP em 1956. Na década de 1970, também cursou Mercado de Capitais e Administração pela FGV.
 
 
Como ministro de Assuntos Políticos entre 1996 e 1998, Luiz Carlos foi o principal articulador do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, quando o Congresso aprovou a emenda da reeleição.Santos foi acusado de ter comprado vários deputados para aprovar a aludida emenda.Segundo Fernando Rodrigues:"Quando surgiu o escândalo da compra de votos para aprovar a emenda da reeleição, em 13 maio de 1997, Luiz Carlos soube como manobrar politicamente para abafar o caso, apesar dos fortes indícios de irregularidades. O Palácio do Planalto conseguiu conter o ímpeto da oposição e uma CPI nunca foi instalada. O governo posterior ao de FHC, o de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nunca teve um articulador no Planalto do estilo e com a habilidade de Luiz Carlos Santos –o Blog aqui não faz juízo de valor se o que era articulado era bom ou ruim para o país. O fato é que Luiz Carlos Santos trabalhava com grande competência a favor do sucesso do governo ao qual servia. Era um dos mais fieis colaboradores do tucano FHC, mesmo sendo um político do PMDB.
 
Em sua carreira política, foi vereador de São Paulo, (1963-1968), deputado estadual (1979-1982; 1983-1996 e 1987-1990) e deputado federal (1991-1995; 1995-1999 e 2003-2007).
 
 
Entre 1985 e 1987, Luiz Carlos foi presidente da Assembleia paulista e chegou a exercer o cargo de governador interinamente por seis dias.
 
 
Antes de ser ministro, foi líder do governo FHC na Câmara dos Deputados. Exerceu a mesma função no governo Itamar Franco em 1994.Santos foi acusado de ter comprado vários deputados para aprovar a emenda da reeleição de FHC.
 
 
Nas eleições de 1998, foi candidato a vice-governador na chapa de Paulo Maluf. Após a derrota, assumiu a presidência de Furnas até 2002.
 
 
Também passou por diversas secretarias do governo paulista: Negócios Metropolitanos (1988), Habitação e Desenvolvimento Urbano (1988-1990), Energia e Saneamento (1993-1994).
 
 
Luiz Carlos foi filiado ao PDC (1958-1965), MDB (1966-1979), PMDB (1980-1997), PFL (1997-2007), DEM (2007-2011) e PSD (2011-2013).
 
 
O velório acontece no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo. O enterro acontece amanhã no cemitério Gethsemani, em São Paulo.
 
 
Luiz Carlos era casado com Maria Aparecida de Faria Santos. Teve duas filhas e três netos. As
 
informações são da Folha.com e Fernando Rodrigues
 
 

2 comentários:

David Macedo disse...

Mas, peraí, o ex-deputado que morreu agora não tinha voltado ao PMDB, por obra do vice-presidente Michel Temer?

David Macedo disse...

Mas, um momento, esse ex-deputado que morreu agora há pouco não tinha voltado ao PMDB, por obra do vice-presidente Michel Temer?