sexta-feira, 27 de maio de 2016

Enquanto o PSDB se afunda na corrupção, Aécio vai tomar banho de mar e é hotilizado

Japa vendido é outra coisa

Veja só o cinismo do japa vagabundo

‘ALGUÉM DUVIDA QUE TEMER SABE TRATAR COM BANDIDOS?


 – “Com um tapa na mesa Temer diz que sabe governar porque sabe tratar com bandidos.” Alguém duvida? É só ver o ministério que escolheu. Ou será que ele se refere à Câmara de Deputados? Ou talvez seja o partido que ele presidiu, o PMDB?
2 – Temer confessou que “sabe lidar com bandidos” Ufa, que alivio! Será que vai de fato saber como tratar a Câmara, ou melhor, agang do Eduardo Cunha? E não adianta prendê-lo ou afastá-lo da Câmara. Lembram-se do Andinho e de como de dentro de prisão de segurança máxima ele controlava o tráfico de drogas e sua gang? Será que é Eduardo Cunha menos eficiente que o Andinho? Ou será que Temer conseguirá sobreviver quando seu mentor, o verdadeiro capo da gang do Congresso se sentir liberado?
3 – Quem diria? Eduardo Cunha, apesar de suas inúmeras condenações e remoção da Presidência da Câmara, continua no comando de sua máfia Congressista. E a prova é que Temer confessa publicamente que sabe lidar com bandidos. Sutil, não é?
4 – E o Sergio Machado inaugurou uma nova fórmula. Rouba e grava. Os congressistas não tem mais o que temer. Rouba e grava simultaneamente, faz a delação premiada, e pronto. Devolve um pouco do dinheiro roubado, fica rico e faz feliz a moçada da Lava Jato. Não é bacaninha?
5 – Sergio Machado diz que Aécio será o primeiro a ser comido pela Lava Jato. Há há há, só sobra o cadáver do fiel servidor do PSDB, o Meritíssimo Gilmar Mendes. A Justiça se compra, diz Dürremat em “A visita de uma velha dama.

CARTA CAPITAL: Golpe está 100% demonstrado

"Os diálogos gravados por Sérgio Machado demonstram de forma cabal o complô para derrubar Dilma e a participação de magistrados e parlamentares". A afirmação está na capa da revista Carta Capital, que chega nesta sexta-feira (27) às bancas, com o título: "O golpe. A prova dos nove". A reportagem esmiúça as conversas entre o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e políticos como os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e o ex-presidente José Sarney.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o diretor de Redação da Carta Capital, Mino Carta, comentou os fatos recentes.
"Viemos de uma semana muito divertida, porque todos esses diálogos gravados entre diversas figuras, uma turma bem conhecida que dispensa maiores apresentações, que, efetivamente, confirmaram o golpe, para quem ainda tivesse alguma pálida dúvida", diz.
Mino Carta ressalta que os áudios comprovam a existência de um "complô golpista", fornecendo, inclusive, "as forças que contribuem decisivamente para que o golpe avance e derrube Dilma e se prepare a ir adiante".

FHC, o boca de suvaco, corre com medo de escracho




Bem feito, véio, safado, raparigueiro de uma figa.

247 – Considerado golpista por intelectuais brasileiros e latino-americanos, por seu apoio ao governo provisório de Michel Temer, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve de cancelar sua participação nesta sexta-feira num debate em Nova York, no 34º Congresso Internacional da Associação de Estudos Latino-Americanos.
FHC participaria do principal evento do encontro, um debate na manhã deste sábado com o ex-presidente chileno Ricardo Lagos, mas cancelou sua ida quando soube que seria alvo de um "escracho".  
Em carta enviada à entidade, FHC nega que a presidente Dilma Rousseff é vítima de um golpe e defende o que "os atuais ventos ideológicos que circulam em certos centros acadêmicos parecem misturar a postura de cientistas com a de ativistas".
No entanto, nada menos que 499 intelectuais protestaram contra o convite feito a FHCp para o debate. Uma petição de 162 membros da entidade latino-americana e 337 pesquisadores não associados pedia o cancelamento da conferência de FHC. "Respeitamos a contribuição passada de Cardoso para o pensamento internacional. Entretanto, esse convite foi feito em um momento infeliz", diz o texto. Ainda segundo o o abaixo-assinado, o convite foi feito num momento em que FHC e seu partido "não hesitaram em colocar em perigo a paz interna nem mecanismos básicos como a Constituição".
Golpe consolidado na mídia internacional
Embora FHC negue a existência de um golpe contra a presidência Dilma Rousseff, o impeachment já é considerado um complô pelos mais importantes jornais dos Estados Unidos e da Inglaterra (New York Times e Guardian), pela revista The Economist e por toda a imprensa alemã.
Em reportagem publicada nesta sexta-feira, a Economist tratou o impeachment como "um jeitinho contra a Constituição" brasileira (saiba mais aqui).

Japa vagabundo, do MBL, foi bancado pelo DEM, PSDB, PMDB e SD



247 – Uma reportagem dos jornalistas Pedro Lopes e Vinícius Segalla (leia aqui) revela que o Movimento Brasil Livre, liderado por Kim Kataguiri, recebeu apoio financeiro e material dos quatro principais partidos que se engajaram no impeachment da presidente Dilma Rousseff: PSDB, DEM, Solidariedade e, claro, o PMDB.
A reportagem traz áudios em que se negocia o apoio financeiro a atividades do grupo, como a impressão de folhetos, cartazes, camisetas e a organização de manifestações pelo impeachment.
Um dos personagens citados é Moreira Franco, braço direito de Michel Temer, que teria ajudado a custear 20 mil panfletos para o MBL por meio da Fundação Ulysses Guimarães, com o lema "esse impeachment é meu" - Moreira nega ter feito pagamentos ao MBL.
Num dos áudios, Renan Santos, um dos líderes do MBL, confirma como o movimento se articulou com os partidos políticos.
Questionado sobre o apoio, o MBL não confirmou o custeio dos panfletos, disse apenas que o PMDB fazia parte da comissão pró-impeachment.
A reportagem também traz imagens que comprovam a proximidade entre integrantes do MBL e políticos que hoje simbolizam a corrupção, como Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Confira abaixo:
Arquivo Pessoal/reprodução Facebook
Em imagem de dezembro de 2015, coordenadores do MBL (entre eles, Fernando Holiday, coordenador nacional, abaixo, à direita) posam para foto ao lado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), então presidente da Câmara dos Deputados.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Ministério da Putaria



O ator pornô Alexandre Frota teve, hoje, um encontro reservado com o Ministro da Educação, Mendonça Filho(DEM-PE), para tratar de propostas referentes à educação do Brasil. Segundo Frota, dentre as propostas apresentadas por ele à Mendonça, estão o ensino de Kama Sutra na educação infantil, o ensino de boquete alucinante e suruba no ensino fundamental e o ensino de penetração, interrupção de coito no ensino médio.Segundo apurado pelo Terror do Nordeste, Mendonça Filho gostou das ideias e já vai discuti-las na próxima Conferência de Educação Sexual.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Por que Bonner teve caganeira ontem

Ele não quis falar mal de Aécio, o primeiro comido

Cadê os paneleiros hipócritas, mentirosos e desavergonhados?



paneleiros

Apoiar quem está no governo é extremamente penoso, a menos que você esteja entre os que são beneficiados pessoalmente por seu governismo. Como esse nunca foi o caso deste blogueiro – tanto nos governos do PT como nos anteriores –, estou amando ser oposição de novo, em um momento em que os ex-oposicionistas têm que mostrar a que vieram.
Ser governo implica em o governista ter que explicar por que defende aquele projeto político-administrativo – e, convenhamos, durante 11 dos 13 anos de governos do PT nunca foi muito difícil explicar meu apoio aos governos Lula e Dilma.
Até 2014, quando me perguntavam por que eu apoiava o PT eu mandava quem me questionasse ir vasculhar o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A perscrutação do referido site revela que os governos Lula e Dilma civilizaram o Brasil. A pobreza, a miséria, a desigualdade e o desemprego despencaram e dispararam a renda média do trabalhador, os empregos formais, o ingresso no superior, enfim, subiu muito o padrão de vida dos brasileiros de todas as classes sociais.
A vida melhorou mais, obviamente, entre os mais pobres, entre os que mais precisavam melhorar, entre aqueles que era justo que melhorassem antes. E aí estava a razão para o topo da pirâmide social querer tirar o PT do poder.
Agora, porém, ficou claro que a gritaria da elite, da grande imprensa e de partidos políticos oposicionistas contra os governos do PT, sob alegação de que aquele comportamento era “combate à corrupção”, nunca passou de balela.
Desde a madrugada de segunda-feira 23 de maio, os fatos desmascararam hipócritas que, ao longo de uma trinca de anos, com suas manifestações desavergonhadas vinham vendendo a teoria de que não toleravam nenhum tipo de corrupção. Balela. Não toleram corrupção – ou suposta corrupção – dos outros, mas amam a dos amigos, sócios, parentes, aliados ou mesmo dos políticos que vociferam “ideias” e “ideais” com os quais concordam
Se tivessem um pingo de ética, um pingo de decência, o mínimo que os paneleiros deveriam fazer, após a gravação de Jucá desmascarar o golpe, seria repudiar a armação que resultou no afastamento da presidente da República.
Senão, vejamos: um dos artífices do processo que culminou no afastamento de Dilma é flagrado em escutas nas quais confessa que esse afastamento é uma trama destinada a atrapalhar investigações policiais contra quem a tirou do cargo. Precisa de mais o quê para entender que o impeachment fez uma pessoa inocente ser punida em troca da impunidade dos culpados?
Seja como for, no primeiro dia útil desta semana caiu uma infinidade de máscaras. Além das máscaras dos golpistas e dos paneleiros das varandas gourmet, caiu máscara da mídia golpista, a comandante do golpe.
A Globo resistiu o dia todo a divulgar a gravidade do caso envolvendo o agora ex-ministro do Planejamento Romero Jucá. Na noite da última segunda-feira, porém, ela teve que se render ao cataclísmico noticiário na internet e, assim, o Jornal Nacional teve que fazer barba, cabelo e bigode sobre fatos que comprovaram, cabalmente, que o golpe era mesmo golpe.
O JN teve que divulgar um verdadeiro linchamento público dos tucanos, feito por Romero Jucá, enquanto este reinventava o conceito de “boi-de-piranha” (bode expiatório).Continue lendo em Blog da Cidadania

O ministro dequalificado

O desqualificado Gilmau Dantas, perguntado sobre o teor das gravações de Romero CUjá relacionadas à operação-abafa da Vaza Jato, disse que não viu nada demais na gravação, que é tudo normal. Sei não, viu, é preciso ser muito cara de pau,  ser muito picareta pra dizer uma coisa dessas.Por muito menos do que disse Romero CUjá, Delcídio Amaral foi preso e perdeu o mandato. Por muito menos do que disse Romero CUjá, esse crápula, desqualificado, arremedo de ministro impediu a posse de Lula no ministério da Casa Civil.Esse sujeito é tão cínico, tão estúpido, sem escrúpulo que teve o desplante de dizer que é muito amigo de CUjá e que jamais decidiria a favor dele(de Cujá), como nunca decidiu a favor de Aécio, o 1º comido.Ah! Tá, vai vendo. Não duvido nada do que disse Cujá, até mesmo da acusação que ao STF.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Aécio, o primeiro a ser comido


Supremo levou uma bofetada de Jucá. Ou o prende, ou se enterra no golpe sem exceções

jucastf

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O que há de diferente nas gravações comprometedoras de Romero Jucá e Delcídio do Amaral?
A de Jucá é incomparavelmente mais grave e comprometedora.
Delcídio queria obter uma liberdade condicional para Nestor Cerveró, a fim de que ele não fizesse ou fosse econômico numa delação premiada para, depois, ajuda-lo a fugir.
Por maior que fosse o crime, ele se circunscreve em “cantar” ministros do Supremo para libertarem um homem e, assim, evitar as acusações que ele pudesse fazer a alguns, em especial ao próprio Delcídio.
Jucá diz ter feito o mesmo “diálogo” que Delcídio diz que fez ou arranjou que se fizesse, com ministros.
Mas não foi para soltar um acusado, foi para dar um golpe de Estado que livrasse todos os acusados ou investigados do PMDB e do PSDBque estão na fila.
E para que o furor moralizante se contentasse com os que já abocanhou e os mastigasse.
Jucá disse claramente que era preciso fazer com que Dilma caísse para que parasse tudo.
Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma. Machado respondeu que era necessária “uma coisa política e rápida”.(…)
Jucá acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional “com o Supremo, com tudo”. Machado disse: “aí parava tudo”. “É. Delimitava onde está, pronto”, respondeu Jucá, a respeito das investigações.
O senador relatou ainda que havia mantido conversas com “ministros do Supremo”, os quais não nominou. Na versão de Jucá ao aliado, eles teriam relacionado a saída de Dilma ao fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das investigações da Lava Jato.
Jucá afirmou que tem “poucos caras ali [no STF]” ao quais não tem acesso e um deles seria o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, a quem classificou de “um cara fechado”.

Portanto, só quem ficou de fora, nas palavras de Jucá, foi Teori. O resto dos ministros está sob suspeitas (para não dizer que alguns “sob certeza”) de que estavam na tramóia.
O STF levou uma bofetada.
É como se dissessem que o Excelentíssimo Dr. Ministro é um fdp.
O que vai fazer, solicitar à Procuradoria que “vá lá em casa e veja o que mamãe anda fazendo?”
Os ministros que não estiverem nessa trampa vão aceitar este conceito?
Não há desculpa para uma reação minimamente diferente da que tiveram com Delcídio, onde o processo se atropelou e mandaram prender em flagrante, porque havia, no plano, a “continuidade delitiva”.
E o plano do golpe, não está em pleno curso?
Como é que Ricardo Levandowski vai presidir o julgamento de Dilma no Senado se Jucá não o excluiu da lista dos que teriam topado o “pacto para frear a Lava Jato” onde está?
Se a bancada do PT não fosse molóide, estaria protocolando agora um requerimento na Comissão de Ética do Senado, porque a declaração foi dada com Jucá exercendo o cargo de Senador, antes de virar ministro.
Se é que vai continuar, porque Temer talvez não possa resistir à pressão para largar seu aliado na beira da estrada.
Se não o fizer, e já, estará assumindo quase que formalmente o que todo mundo sabe que fazia: agir em conluio do Romero Jucá para derrubar o Governo.
Jucá revelou os intestinos dos arranjos das tais “instituições”.
E o conteúdo deles corresponde ao continente.

O silêncio ensurdecer de Aécio, do PSDB e de Moro sobre a gravação de Jucá.

"Esse negócio que você ai ser o primeiro a ser comido foi no sentido figurado, fera"


Aécio Neves foi mais uma vez citado num escândalo de corrupção e mais uma vez de maneira humilhante. Como em outras ocasiões, o presidente do PSDB está quieto, num silêncio ensurdecedor.
Estará esperando seu porta voz, Gilmar Mendes, se manifestar?
Num trecho da conversa do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ainda ministro do Planejamento, Romero Jucá, avisa que “caiu a ficha” dos tucanos sobre o potencial de danos que a Lava Jato pode causar em vários partidos.
“Todo mundo na bandeja para ser comido”, diz Machado. “O primeiro a ser comido vai ser o Aécio”.
Completa: “O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…”.
Resposta do Aécio: …
Machado lembrou do apoio de Jucá ao PSDB, quando Aécio Neves presidiu a Câmara dos Deputados entre 2001 e 2002. “O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele [Aécio] ser presidente da Câmara?”
Resposta do Aécio: …
Ele prossegue afirmando que “a situação é grave” porque “eles” — a força tarefa da Lava Jato — “querem pegar todo mundo”. Jucá concorda, apocalíptico: “Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura”.
O máximo a que o costumeiramente falastrão Aécio se permitiu foi, através da assessoria, declarar que “desconhece e estranha os termos dessa conversa”.
“Ele foi eleito presidente da Câmara em 2001 por maioria absoluta dos votos em uma disputa que contou com outros nove candidatos, tendo sido essa eleição amplamente acompanhada pela imprensa”, afirma a nota.
Sergio Moro, também rápido no gatilho sobre qualquer coisa relativa a Dilma, Lula (ele quer ‘intimidar’ e ‘obstruir’ as investigações, segundo o juiz), está adotando um tom cuidadoso que nunca o caracterizou.
“Não tenho comentário específico sobre essa situação porque não estou totalmente a par”, disse ele, num fórum organizado pela Veja.”Não deve haver nenhuma interferência do governo. Os trabalhos devem ser independentes”, pontuou ele, acacianamente.
Não passou disso. A plateia de trouxas fica agora aguardando, inutilmente, o jogral estúpido de William Bonner e Renata Vasconcelos do grampo no Jornal Nacional. A admissão de que se tratou de um golpe, explicitado pelo delinquente Jucá, virá daqui a 30 anos.
E o Aécio? O Aécio não ganha porra nenhuma.

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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

O Brasil deve pedir desculpas a Dilma e reconduzi-la ao lugar de onde foi tirada por um bando de corruptos.


Sitiada por um sindicato de corruptos
Sitiada por um sindicato de corruptos
Ninguém falou agora do seguinte: como fica Dilma no meio desta sujeira toda que foi e é o processo de impeachment?
A decência impõe que o impeachment seja anulado e Dilma reconduzida ao lugar de onde foi retirada por um bando de corruptos: o Palácio do Planalto.
Os fatos conhecidos sobre o impeachment são estarrecedores. As declarações gravadas de Romero Jucá confirmam plenamente a péssima impressão causada na já histórica sessão da Câmara que votou pelo sim.
O pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado, escreveu Machado de Assis. Este é o golpe. Era uma trama sinistra, mas seus autores podiam fingir que não era. Agora não dá mais. O pecado foi publicado. É de ciência de todos.
Uma mulher honesta sitiada por homens desonestos desde que ganhou de Aécio. Como ela poderia governar? No Congresso, Eduardo Cunha liderava com seus métodos de bandido psicopata o movimento para derrubá-la, auxiliado por capangas como Aécio e Serra.
Nos subterrâneos, o vice Temer conspirava. Toda a mídia, como disse Jucá, se engajou no golpe. Ministros do STF se juntaram aos golpistas, na narrativa crua de Jucá.
Na Lava Jato, Moro promovia operações tratadas como circos espetaculares pela Globo, e destinadas a minar Dilma.
Manifestações de analfabetos políticos manipulados pela mídia receberam da mesma Globo um tratamento delirantemente vip.
Sabotagem, sabotagem e ainda sabotagem.
Um pedido de impeachment estapafúrdio foi aceito por Cunha apenas como vingança por não ter sido apoiado pelo PT na comissão de ética que discute suas múltiplas delinquências.
Era um pedido tão sem nexo que arrolou como razão de impeachment as chamadas pedaladas fiscais, práticas contábeis comuníssimas na política nacional.
Os juristas responsáveis pelo pedido de impeachment se revelaram duas das piores coisas que o direito brasileiro jamais produziu: Hélio Bicudo e Janaína Paschoal.
Não houve uma só etapa do impeachment que não estivesse manchada de lama, para não falar das bizarrices. Numa das maiores delas, Teori esperou uma eternidade para atender ao pedido de afastamento de Cunha. Os argumentos da Procuradoria Geral eram tais e tantos que foi solicitada uma pena de 138 anos de cadeia para Eduardo Cunha.
Mesmo assim, ele conduziu todo o processo na Câmara, dando a ele uma velocidade inversa à que deu nos trabalhos da comissão de ética que pode e deve cassá-lo.
Teori agiu incrivelmente tarde. E não só então. Desde março está em suas mãos a homologação da delação premiada de Sérgio Machado, e é nela que está a conversa em que Jucá desmascara, involuntariamente, o golpe.
Teori parece não ter sentido algum de urgência. É como se estivéssemos numa crise corriqueira na Suécia, e não numa dramática, sanguinolenta tentativa de golpe contra uma mulher íntegra que ousou combater a corrupção.
Tudo isso posto, o Brasil deve desculpas de joelhos a Dilma pela injustiça desumana que fez a ela.
E deve também devolvê-la ao posto a que ela chegou pelos votos de 54 milhões de pessoas.

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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.