sábado, 23 de maio de 2015

Trensalão:MP só denuncia os bagrinhos. Os tucanos corruptos ficam ilesos




O Ministério Público de São Paulo denunciou seis representantes de empresas suspeitas de formação de cartel e de fraudar licitações do Metrô. O promotor também pediu à Justiça a prisão preventiva de um dos integrantes do suposto esquema. A denúncia criminal é contra funcionários que representavam as empresas contratadas para reformar 98 trens das linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. O Ministério Público diz que a concorrência, que aconteceu entre os anos de 2008 e 2009, durante governo José Serra PSDB, foi fraudada. Entre as provas apresentadas está uma tabela que, segundo a Promotoria, mostra como as empresas dividiam os contratos.Observe-se que José Serra nem sequer foi citado na denúncia.

Foram denunciados representantes das empresas Alstom, Temoinsa, Tejofran e MPE. A denúncia pede ainda a prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon que, na época, representava a Alstom, e que não foi encontrado. Falta identificar ainda representantes de outras cinco empresas que também participaram da concorrência. O promotor também diz que são "notáveis as diferenças entre os valores do orçamento inicial do Metrô e os valores contratados”. “Eles poderiam ter oferecido pelo menos entre 10% e 20% a menos que ainda supostamente teriam um lucro na realização desses contratos”, afirma Marcelo Mendroni.

O Ministério Público de São Paulo já havia pedido em abril à Justiça a prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon. Ele participou da direção da multinacional francesa Alstom Transport durante período no qual é investigada a prática de cartel em contratos com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A solicitação ocorreu em 10 de abril, juntamente com a denúncia oferecida à Justiça contra 11 executivos de empresas do setor ferroviário e um funcionário da CPTM por formação de cartel em três contratos firmados entre 2007 e 2008.
A investigação de irregularidades nas licitações dos trens do Metrô e da CPTM começou a partir de um acordo de leniência (ajuda nas investigações) feito em 2013 entre umas das empresas acusadas de participar do suposto cartel, a Siemens, e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão ligado ao Ministério da Justiça.

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