quinta-feira, 19 de junho de 2014

O pior no jornalismo é a arrogância

19 de junho de 2014 | 13:48 Autor: Fernando Brito
felip
Errar, todo mundo erra.
A diferença é que os arrogantes, mesmo quando diante da evidência do erro, tentam ficar justificando seu erro.
O jornalista Mario Sérgio Conti não acreditou – prefiro esta hipótese a achar que ele desejou enganar seus leitores, deixando para citar apenas nas últimas linhas – quando Wladimir Palomo (é com W, viu, Folha) entregou-lhe um cartão esclarecendo que não era o técnico da Seleção.
Aliás, não reparou o jornalista que, com 1,75 de altura, nosso bem-humorado modelo dificilmente poderia ter sido zagueiro no simpático Caxias, do Rio Grande do Sul.
Felipão-Felipão tem 1,82, por isso é “Felipão”.
Muito menos entende nada de futebol, pois a zaga, aliás, está longe de ser nosso maior problema.
Mas a Folha prefere se dizer vítima de “trote”.
Negativo.
Quem faz trote – e com os leitores – é quem publica uma entrevista como sendo do técnico da Seleção, em plena Copa do Mundo, como se fosse a do próprio.
Aliás, seria até uma boa matéria se feita na base do “Sósia de Felipão acha isso ou acha aquilo”.
Mas era Felipão porque o jornal e o jornalista queriam que fosse, apesar do cartão de visitas.
Bastaria uma ida ao Google para chegar, e teriam aí a ficha de modelo do simpático Wladimir.
Pena que este tipo de atitude não seja uma raridade.
O “grampo” sobre o Ministro Gilmar Mendes não apareceu, mas é verdade.
Ou como o “boimate”, um “boi transgênico que produzia filé já ao molho de tomate”,  que a Veja levou dois meses para admitir que tinha copiado uma matéria de “1° de abril”.
De qualquer forma, melhor do que o caso dos estádios brasileiros que ficarão prontos apenas em 2038, previsão da capa da revista há três anos.
A qualidade moral da imprensa brasileira  é que torna o que ela faz algo como um sósia do jornalismo.
Parece, mas não é.

Fonte:Tijolaço

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