sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ministros do STF desprezam Barbosa


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, iniciou a sessão desta quinta-feira (29) sorrindo, mas sem conseguir disfarçar o nervosismo para anunciar o que todos já sabiam e esperavam. Ele confirmou oficialmente que vai sair da presidência e deixar o tribunal - onde poderia ficar por mais onze anos - no início de junho. Alegou que os motivos são “de ordem pessoal”. “Me afastarei do serviço público após 41 anos. Quero agradecer e dizer que tive a felicidade de compor esta Corte no seu momento mais fecundo, de maior criatividade e importância no cenário político”, colocou. Como também era esperado, o anúncio não teve a saudação comum, seguida de reverências por parte dos demais ministros.

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Eles se merecem

O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, divulgou na tarde desta quinta-feira esta foto com o senador Randolfe Rodrigues (pré candidato do Psol) com a seguinte legenda:
"Gostaria de registrar o carinho com que recebi o livro “1964 – O verão do golpe”, de Roberto Sander, de um grande homem público, o senador Randolfe Rodrigues. Temos posições divergentes sobre várias questões, mas a presença de Randolfe, um homem culto e preparado, na vida pública, faz muito bem à democracia.
Leia a dedicatória que ele deixou no livro:
“Querido Aécio,

Este livro apresenta as habilidades de políticos que fazem e faziam da política a arte da paixão e da sensibilidade, entre eles seu avô. Isto em tempos de tormentas e autoritarismo.

Que as benfazejas lembranças do passado nos inspirem, políticos do presente, para fazermos o melhor pelo Brasil.
Brasília – DF, Outono de 2014, em 28 de maio
Randolfe Rodrigues”

Choque de gestão de Aécio expulsaria 19 milhões de pobres do Bolsa Família

Aécio apavora de novo. Agora já planeja jogar 19 milhões de brasileiros, que saíram da linha de pobreza nos governos Lula e Dilma, ao retrocesso da vida que tinham de pobreza no governo FHC.

É o fantasma do passado atacando.

À primeira vista achei que a proposta do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de mexer no Bolsa Família às vésperas da eleição era, além de mero oportunismo eleitoreiro, só coisa de "filhinho de papai" mimado, que mora na avenida mais cara do Rio de Janeiro de frente para o mar, e que não tem a menor noção das necessidades das pessoas mais pobres.

Coisa de quem não sabe como é a vida de lavradores de baixa renda, que vivem em lugares longe, de populações ribeirinhas, de vila de pescadores distantes, de pessoas que não tiveram oportunidade nem de se alfabetizar ainda. De mães que trabalham o dia inteiro e ainda tem que cuidar dos filhos.

Mas é muito pior do que isso.

O projeto do tucano quer exigir de maiores de idade que façam obrigatoriamente cursos de qualificação profissional. Se não fizerem, perderão o pagamento do Bolsa Família. Isso no projeto do Aécio, que não vai ser aprovado, porque seria um enorme retrocesso.

Na teoria poderia ser até uma tese aceitável, afinal como ser contra alguém que vive em situação de pobreza se qualificar melhor? Aliás, o Ministério do Desenvolvimento Social já faz isso. Oferece o Pronatec Brasil Sem Miséria, onde 1,2 milhão de beneficiários do Bolsa Família já se matricularam em cursos profissionalizantes e técnicos. Mas, diferente do projeto do Aécio, ninguém é expulso do Bolsa Família se não conseguir vaga imediatamente ou se viver em um lugar onde ainda não há cursos.

Só que na prática a proposta de Aécio é um desastre. Por mais que Lula e Dilma tenham investido em escolas técnicas, cursos profissionalizantes e assistência técnica rural, ainda não há como atender todo mundo do dia para noite, seja por haver famílias que vivem mais isoladas das cidades onde há os cursos, em um país continental como o nosso. Seja por trabalharem e o horário dos cursos não encaixar. Seja porque outros governos como o de FHC/PSDB/Aécio não fizeram sua parte no passado, deixando gente demais para trás, sem qualificação. Agora Lula e Dilma estão tirando o atraso e de forma acelerada. Até agora, só no Pronatec já são quase 7 milhões de matrículas.

Além do mais, cursos profissionalizantes precisam ser focados, de acordo com as potencialidades de trabalho em cada região. Não funciona levar um curso de soldagem industrial para o sertão rural sem indústrias, e não funciona cursos relacionados à agricultura familiar para quem vive em metrópoles sem área para cultivo. Os próprios cursos precisam ser elaborados, precisam de professores que sabem o que ensinam, para dar resultado, para o cidadão sair do curso e ter condição de arranjar um emprego ou empreender um pequeno negócio de sucesso, mesmo que seja em casa.

Pelo projeto do Aécio, um auxiliar de pedreiro que precisa do Bolsa Família, em vez de especializar-se em sua área, teria que fazer curso de manicure, se só tivesse vagas neste curso. E como obrigar uma mãe que precisa trabalhar o dia inteiro, e ainda tem que cuidar dos filhos, a frequentar um curso profissionalizante, se ela não tem horário livre? Só tucano mesmo, para propor uma coisa destas.

A proposta de Aécio é um desastre porque é óbvio que quanto menos desenvolvida a região, quanto menor o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), menos tem disponibilidade de cursos técnicos e de instrutores, ainda. Como expulsar estes adultos do Bolsa Família antes dos cursos técnicos chegarem até eles? É desumano. É condená-los de volta à fome. A conta não fecha.

Aliás a conta fecha sim, de forma maquiavélica. É a conta do "choque de gestão", das medidas amargas, do arrocho, do FMI, do Armínio Fraga. A conta é expulsar 19 milhões de pessoas do Bolsa Família, cortando verbas sociais.

Segundo a ministra do Desenvolvimento Social, que tem os números à mão, cerca de 20 milhões de adultos são beneficiários do Bolsa Família. Como tucano nunca gostou de investir em escola técnica pública para pobre (*) se pelo menos mantivesse as vagas do Pronatec Brasil Sem Miséria (em vez de cortar), 19 milhões iriam ter o Bolsa Família cortado porque não conseguiriam fazer o ensino técnico.

Entenderam o plano maquiavélico da tucanada?

Há outros absurdos na proposta de Aécio, como não entender que no Pronatec tem vagas para quem tem o ensino médio, outras vagas são para diferentes níveis de escolaridade, e há pessoas no Bolsa Família que já são idosas, outras que precisam terminar o EJA (Educação de Jovens e Adultos). Há uma diversidade de casos que não tem como cumprir as exigências que o tucano quer impor numa canetada.

O objetivo do Pronatec não é apenas para os beneficiários do Bolsa Família, é também para nós brasileiros não perdermos as oportunidades de empregos que se abrem. Senão a Petrobrás e seus fornecedores iriam acabar tendo que contratar estrangeiros para conseguir explorar o pré-sal, por exemplo, por falta de mão de obra brasileira.

(*) No governo do FHC/PSDB/Aécio eles fizeram uma lei para proibir o governo federal de fazer escola técnica. É mole?


Os Amigos do Presidente Lula

O camaleão Eduardo Campos



Eduardo Campos depois que inventou ser candidato à presidência da República, mudou radicalmente as suas posições sobre alguns dos temas tortuosos numa eleição. Primeiro, Eduardo afirmou ser contra o aborto, mesmo tendo a mãe dele trabalhado pela sua aprovação.Segundo, Eduardo mandou riscar do estatuto do partido, o PSB, o artigo que fala em socialismo.Terceiro, Eduardo Campos de uma hora para outra virou um Criacionista de primeira linha. Quarto, Eduardo Campos diz ser radicalmente contra a revisão da Lei da Anistia.Arraes, avô de Eduardo Campos, era a favor disso tudo que Eduardo hoje renega. Roberto Amaral também.Conviver com Marina Silva dá nisso aí.Daqui a pouco Eduardo Campos vai declarar ser contra o candomblé.Mas Eduardo Campos não quer só agradar Marina, ele quer também ter o apoio dos milicos, da CNBB e da turma da TFP.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Não há comparação


DCM: JOAQUIM BARBOSA É UM ANTIBRASILEIRO


Se for confirmada a aposentadoria de Joaquim Barbosa para junho, chegará ao fim uma das mais trágicas biografias do sistema jurídico brasileiro.


O legado de Barbosa resume-se em duas palavras absolutamente incompatíveis com a posição de juiz e, mais ainda, de presidente da mais alta corte nacional: ódio e vingança. Foi a negação do brasileiro, um tipo cordial, compassivo e tolerante por natureza.
A posteridade dará a ele o merecido espaço, ao lado de personalidades nocivas ao país como Carlos Lacerda e Jânio Quadros.
Barbosa acabou virando herói da classe média mais reacionária do Brasil e do chamado 1%. Ao mesmo tempo, se tornou uma abominação para as parcelas mais progressistas da sociedade.
É uma excelente notícia para a Justiça. Que os jovens juízes olhem para JB e reflitam: eis o que nós não devemos fazer.
O que será dele?
Dificuldades materiais Joaquim Barbosa não haverá de ter. O 1% não falha aos seus.
Você pode imaginá-lo facilmente como um palestrante altamente requisitado, com cachês na casa de 30 000 reais por uma hora, talvez até mais. Com isso poderá passar longas temporadas em Miami.
Na política, seus passos serão necessariamente limitados. Ambições presidenciais só mediante uma descomunal dose de delírio.
Joaquim Barbosa é adorado por aquele tipo de eleitor ultraconservador que não elege presidente nenhum.
Ele foi, na vida pública brasileira, mais um caso de falso novo, de esperanças de renovação destruída, de expectativas miseravelmente frustradas.
Que o STF se refaça depois do trabalho de profunda desagregação de Joaquim Barbosa em sua curta presidência.
Nunca, desde Lacerda, alguém trouxe tamanha carga de raiva insana à sociedade a serviço do reacionarismo mais petrificado.
Que se vá – e não volte a assombrar os brasileiros.


 Paulo Nogueira

Que país é este?

Foto: Porque a Grande Mídia Manipuladora não mostra isso.
Enquanto um magote de cabra safado(Rivelino, Ronaldo, Ney Matogrosso e outros tantos) têm vergonha da copa do Mundo no Brasil, Andrés Iniesta, destaque da Espanha na última Copavem ao Brasil sem entender a razão das manifestações populares previstas para o período da Copa do Mundo. O meia admite que não conhece a realidade brasileira e evita criticar os protestos da população, mas deixa claro seu pensamento que as ruas do país deviam ser tomadas unicamente pela celebração. "É a Copa no país do futebol, e nada é mais bonito que isso. Todos deveriam festejar". Talvez o Brasil seja o único país do mundo que não sinta feliz com a realização de uma Copa do Mundo aqui.Mas a grande culpada por essa onda de pessimismo é a mídia comercial, que mesmo faturando alto com a Copa, colocou na cabeça do povo que a Copa vai ser  um fiasco, vai ser um mau negócio para o país.Nem os jornalistas ditos esportivos falaram bem da Copa.A culpa disso tudo também é do governo Lula/Dilma que, mesmo tendo a caneta na mão para controlar a mídia,  ao menos economicamente, não fez nem fará nada contra o gigantismo dessa droga.Leio, agora, que Luciano Hulk, um dos opositores da Copa, parou o treino da seleção brasileira para entrevistar os ogadores. Vê se pode? Que merda de país  é este? 

Eduardo Campos se posiciona contrariamente à Lei da Anistia e faz estragos em sua biografia


Por DiAfonso

Para agradar a setores da direita brasileira, Eduardo Campos diz ser contra a revisão da Lei da Anistia. Diz também que fala com propriedade sobre o tema porque "a minha família foi vítima do arbítrio". Ele, apenas, esquece que o arbítrio sofrido por seu avô e sua família não se compara aos arbítrios sofridos por muitas famílias cujos entes queridos foram torturados, mortos e muitos ainda estão desaparecidos.

Afirmar que "O importante agora não é ter uma visão de revanche." atenta contra a busca pela verdade e a punição dos que atentaram contra os direitos humanos, como fizeram os agentes do estado contra quem se rebelara contra o golpe militar.

Os estragos que Eduardo está fazendo a sua biografia - com posições dessa natureza - serão, devidamente, pagos por ele mesmo. A verdadeira História não costuma mentir e ela se revelará no tempo certo.

Onde tem tucano tem safadeza

EX-SECRETÁRIO É DENUNCIADO POR BENEFICIAR EIKE BATISTA


Pautando Minas - Uma investigação do Ministério Público Estadual, que inclui escutas telefônicas com autorização judicial, levou a denúncia criminal contra Adriano Magalhães, que comandou a pasta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-MG) durante todo o segundo governo de Antonio Anastasia (PSDB).
Exonerado em 4 de abril, com a desincompatibilização do então governador e a posse do vice, Alberto Pinto Coelho (PP), o ex-secretário havia sido nomeado em seguida chefe da Assessoria Econômica da Governadoria, mas teve que deixar o novo cargo na véspera da denúncia do MP, encaminhada à Justiça em 10 de abril.
Na peça de acusação, os promotores pediram o afastamento cautelar de Adriano e de outros dirigentes da Semad-MG do exercício de funções públicas. Até recentemente, o sucessor de Magalhães na secretaria, Alceu Torres, era o procurador-geral de Justiça do Estado, ou seja, o chefe do MP do Estado.
Na denúncia, o ex-secretário é descrito como comandante de um esquema para evitar que empresas flagradas em crimes ambientais e descumprimento de exigências de licenciamento para funcionar recebessem sanções, inclusive a interdição das atividades. Foi o caso da mineradora MMX, que destruiu grutas na região de Igarapé, como constataram os autos de fiscalização e de infração emitidos por técnicos da Semad que visitaram o empreendimento em meados de 2013.
"Conforme se depreende dos autos, os denunciados ANDERSON MARQUES MARTINEZ LARA, ADRIANO MAGALHÃES CHAVES, MARIA CLÁUDIA PINTO e LUCIANO JUNQUEIRA DE MELO em típica atividade de associação criminosa hierarquizada, atuando nas sombras do Sistema Estadual de Meio Ambiente, patrocinaram interesses privados perante a Administração Pública, omitiram-se quanto aos seus deveres funcionais, ocultaram documentos públicos, omitiram informações de procedimentos de licenciamento e do Sistema Integrado de Informação Ambiental (SIAM) e buscaram prejudicar a investigação criminal mediante artifícios (determinação de vistorias tardias, delegações fictícias de atribuições, ofícios protelatórios, emissão de documentos públicos ideologicamente falsos, etc) que só foram possíveis devido aos cargos públicos que exercem", aponta a denúncia do MP.
Adriano Magalhães foi denunciado nos artigos 288 (associação criminosa), 399, (falsidade ideológica), 305 (supressão de documento público), 319 (prevaricação) do Código Penal e também nos artigos 66 e 69, relacionados a crimes contra a administração pública ambiental.
Conversas gravadas
Num dos trechos das interceptações telefônicas, a Subsecretária Estadual de Gestão e Regularização Integrada, Maria Cláudia Pinto, fala para a funcionária Daniela Diniz sobre a intervenção de Adriano Magalhães em favor da MMX:
MARIA CLÁUDIA: Eu falei não, então espera, vamo vê o que que vai dá... vê o que que decide o que que resolve; Aí, um dia eu conversava com o Adriano, ele; "Não, pode ir lá parar aMMX tem problema não"!
DANI: Hum!]
MARIA CLÁUDIA: Aí, no dia tava tudo combinado que eu avisava pra ele; "O Adriano, a gente ta olhano a MMX amanhã". "Não não não vai não!" "Não vai não, porque não sei o quê..." Ele falou isso umas quatro vezes sabe?
Em outra gravação, Maria Cláudia conversa com o próprio secretário Adriano sobre a liberação das linhas de transmissão Quartel 1, Quartel 2 e Quartel 3.
ADRIANO: Cê... num conseguiu terminar o negócio pra mim, não?
MARIA CLÁUDIA: Dá... do Quartel?
ADRIANO: Não, das LT.
MARIA CLÁUDIA: Então, Quartel!
ADRIANO: Isso!
MARIA CLÁUDIA: Quartel 1, 2, 3.
ADRIANO: Hum hum.
MARIA CLÁUDIA: Aconteceu um problema aqui no... no... nos quarenta e cinco do segundo tempo, porque eles não têm todas as autorizações de... de intervenção nas áreas.
ADRIANO: Então emite ela condicionada, ele pode intervir naquelas que ele...
MARIA CLÁUDIA: É isso é que nós vão fazer... até... eu pedi o Wesley pra fechar lá o parecer assim... eles vão mandar aí a gente vai citar (...)
ADRIANO: Tá bom. Deixa é... isso fica pronto hoje ou amanhã
cedo?

MARIA CLÁUDIA: Ó Adriano, eu pedi pra hoje. Vão fazer, né? Faço votos que seja...
ADRIANO: Eu tô aqui junto ao Governador, aí eu... eu desço aí.
MARIA CLÁUDIA: Cê passa aqui. Tá... senão eu vou...
ADRIANO: Quero deixar isso pronto hoje, por que... eles tão
me pressionando demais com esse trem pra começar. Tão mobilizado lá faz um tempão!

MARIA CLÁUDIA: Hum hum.
ADRIANO: Tá. Eu passo aí daqui a pouco, tá?
MARIA CLÁUDIA: Beleza! Tá jóia!

Os neopreocupados com os pobres II


















Não é só Imbassahy que agora é  um fã ardoroso do Bolsa Família.Aécio Neves também desponta como um grande defensor do citado programa.


Aécio Neves, aproveitando de um cochilo da base aliada, consegui aprovar ontem, numa das Comissões do Senado, que o Bolsa Família passe a ser um programa de Estado e não de governo.Aécio consegui também, na mesma reunião, que o beneficiado pelo Bolsa Família passe a receber por mais seis meses quando foi admitido por alguma empresa.

O argumento de Aécio para que o Bolsa Família passe a ser um programa de Estado é que, se isso ocorrer, nenhum governo pode acabar com o mencionado programa.Em relação a prorrogação por mais seis meses, é que, segundo ele, o pai de família que recebe bolsa Família fica na dúvida se vai aceitar ou não o emprego, pois se sair do programa não pode mais voltar.

Sinceramente, faz até graça.

Ora, para um programa ser extinto por um governo que, por filosofia e egoismo, é contra, como é o caso do PSDB, não precisa ser ele política de Estado.Basta tão-somente o presidente reunir sua base de apoio e revogar a lei.E disso o tucanato entende.Os tucanos revogaram a lei do petróleo, a lei de proibição de participação da mídia estrangeira como sócio de dono da mídia do Brasil.Sem falar que os tucanos revogam facilmente artigos da Constituição Federal, que é muito mais complicado de ser revogado que uma lei ordinária, como foi o caso do artigo que proibia reeleição, como foi a que revogou o artigo que previa prazo de prescrição de 5 anos  para os trabalhadores rurais, como a que ferrou os servidores aposentados.

Já em relação ao prazo de prorrogação por mais seis meses, a lei atual não proíbe que o beneficiário do Bolsa Família, que foi demitido de um emprego, possa ao programa retornar.Somente na cabeça fértil de Aécio há essa proibição.

A bem da verdade, como bem disse o senador Humberto Costa, Aécio Neves, que sempre foi contra o Bolsa Família, quer por as digitais do PSDB no vitorioso programa.Isso é politicagem oura, Aécio quer ganhar uns votinhos dos beneficiários do Bolsa Família e, como sabe que não vai aprovar uma lei inútil, tenta fazer média.Mas o povo sabe quem é a favor e quem é contra o Bolsa Família.

Curioso nisso tudo é que as pessoas que vivem chamando o Bolsa Família de bolsa Esmola ontem eram só alegria por causa da Emenda Aécio Neves.Vá entender!


Os neopreocupados com os pobres



Os debates sobre o Bolsa Família costumam despertar paixões. Quase todo mundo tem uma opinião a respeito, ainda que não conheça direito como funciona o programa. Prosperam os palpites.
Ao longo de seus mais de dez anos de história, o Bolsa Família tem sido vítima de uma coleção de preconceitos contra os pobres. Ora dizem que as famílias terão mais filhos para ganhar um benefício maior. Ora criticam as famílias pobres por não saberem gastar. Há quem acuse os beneficiários de preguiçosos.
Esses mitos contrariam estatísticas oficiais e estudos científicos. A taxa de fecundidade dos mais pobres caiu mais do que a média nacional. As mães gastam o dinheiro do benefício com alimentos, o que proporcionou queda de 58% da mortalidade infantil causada pela desnutrição.
A maioria dos beneficiários adultos trabalha muito. Se continuam pobres, isso é decorrência da inserção precária no mercado de trabalho. Em busca de melhores oportunidades, beneficiários preencheram, antes do prazo previsto, 1 milhão de vagas em cursos de qualificação profissional do Pronatec, por exemplo. Em outra frente da inclusão produtiva, já se formalizaram 400 mil microempreendedores.
Se o preconceito e a desinformação ainda alimentam mitos, talvez só a ansiedade do momento eleitoral possa explicar o comportamento dos que se apresentam agora como neodefensores dos pobres. Em época de eleição, são raros os políticos que falam mal do Bolsa Família. Mas muitos tentam pegar carona nos êxitos do programa falando absurdos.
Na seção "Tendências/Debates" da Folha, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy ("Leviandade?", 20/5), defendeu que os benefícios do Bolsa Família fossem corrigidos pela cotação do dólar, sujeitando a política pública às flutuações de mercado da moeda norte-americana.
O deputado e seu partido não entenderam que a linha de extrema pobreza do país foi definida em R$ 70, em junho de 2011, com base no parâmetro internacional usado pelas Nações Unidas: o poder de compra de US$ 1,25 diário por pessoa nos diferentes países. É a chamada paridade de poder de compra, diferente da simples conversão ao câmbio do dia.
A presidenta Dilma Rousseff usou o mesmo critério ao atualizar a linha de extrema pobreza e os benefícios do Bolsa Família, em anúncio feito na véspera do 1º de Maio.
Nos últimos três anos, inovações no Bolsa Família garantiram reajuste de 44% acima da inflação para o benefício médio do programa. Ele passará a R$ 167 mensais por família, em junho. Mais importante: foi garantido que nenhuma família vivesse com menos de R$ 70 mensais por pessoa, consideradas a renda familiar e a complementação do benefício. Esse valor passa, também em junho, para R$ 77.
Ao longo de três anos, seis mudanças foram implementadas e a oposição não se manifestou. Por que só se manifestam agora os neopreocupados com os pobres?
No terceiro ano do plano Brasil Sem Miséria, o país é a maior referência mundial em políticas de combate à pobreza e à desigualdade. Com os resultados obtidos até aqui, estamos a um passo de superar a extrema pobreza. Mas o fim da miséria é só um começo. Além de renda e emprego, trabalhamos por melhor qualidade de vida para todos.
A defesa da inclusão social e produtiva é sempre bem-vinda. Os palpites, porém, devem ter limites, quando se trata da vida de 14 milhões de famílias. Há de se ter responsabilidade quando o tema é o Bolsa Família.

Tereza Campello

TEREZA CAMPELLO, 50, economista, é ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

O pragmatismo de Campos e a velha política


Texto publicado ontem no Estadão Noite 
O pré-candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, esteve na segunda-feira em São Paulo em um evento para 200 empresários, organizado pelo Estado e pela Agência Corpora Reputação Corporativa. Lá, disse que pretende acabar com a troca de favores e cargos que se estabeleceu no presidencialismo de coalizão brasileiro e que vai romper com as “velhas raposas” da política. Esse tem sido o mantra de Campos, entoado, horas depois, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. Disse que a “sétima economia do mundo” não pode fazer “política velha”, ou seja, distribuir ministérios para manter a base política.
O pré-candidato é experiente, sabe como funciona a política brasileira e a diferença entre discurso e prática. Quando foi eleito governador de Pernambuco, em 2006, tinha o apoio de 17 partidos. Campos teve de abrigar a turma na sua gestão. Logo de saída, criou oito novas secretarias, entre as quais Recursos Hídricos, Mulher e Articulação Social e Regional. Elevou de 18 para 26 o número de pastas. Em 2011, logo depois da sua reeleição, criou outras duas: Meio Ambiente e Secopa. “Vamos reduzir pela metade os ministérios”, disse ao criticar os 39 da pré-candidata petista Dilma Rousseff.
Mas por que Campos não reduziu o número de secretarias quando ele era governador de Pernambuco? Sim, ele reduziu. De 28 secretarias para 23. Mas só no apagar das luzes do seu governo, no começo deste ano, quando ele já sabia que três meses depois sairia do governo do Estado para ser candidato à Presidência. Governou, portanto, durante mais de sete anos com uma estrutura administrativa de secretarias maior do que a que recebeu ao assumir em 2007.
Em outro momento da entrevista, Campos disse ser necessário ter “coragem de colocar na oposição” as velhas raposas. Tampouco foi isso que ele fez em Pernambuco. Inclusive, deu sobrevida política a muitas delas. Nos quase oito anos de governo, nomeou parentes de políticos, que podem ser considerados “velhas raposas”. A filha de Severino Cavalcanti (PP), Ana Cavalcanti, foi indicada para a Secretaria dos Esportes. Sebastião Oliveira, primo de Inocêncio Oliveira (PR), ocupou a Secretaria dos Transportes – ele emplacou ainda o titular da Secretaria de Turismo.
Campos deu espaço em seu governo para o PT (Cultura), PC do B (Ciência e Tecnologia), PV (Meio Ambiente), PSD (Instituto de Recursos Humanos) e por aí vai. Os partidos que lhe deram apoio na Assembleia participaram da sua administração, como acontece na velha política. Até partidos que eram da oposição ganharam espaço no governo e passaram a apoiá-lo. O PSDB, por exemplo, ganhou a Secretaria de Trabalho e a presidência do Detran – que antes estavam com o PTB. O PMDB, de Jarbas Vasconcelos, também oposição até outro dia, indicará o vice-candidato na chapa do PSB ao governo do Estado neste ano.
Como resultado dessa distribuição de cargos, a oposição ao ex-governador na Assembleia foi raquítica. Das 49 cadeiras de deputados estaduais, nem dez se dispuseram a estar na contramão do Executivo. No final do ano passado, PT e PTB decidiram passar para a oposição. Mas só porque terão candidato próprio na eleição ao governo de Pernambuco. Abandonaram os cargos, num movimento parecido com o do PSB, de Campos, que em 2013 desembarcou do governo Dilma após a decisão de que o ex-governador seria candidato à Presidência.
Campos não é “sonhático”. Sabe como funciona a política brasileira e como, infelizmente, as maiorias no Congresso e nas Assembleias são formadas. Mas disse, no Roda Viva, que no seu caso agregará as legendas em torno de um “programa de governo”. Nada de troca-troca. Retórica parecida surge no PT, da presidente Dilma, e no PSDB, do ex-governador Aécio Neves, quando instados a falar sobre as indicações políticas em seus respectivos governos.
Por fim, o pré-candidato do PSB enalteceu o apoio suprapartidário que sua pré-candidatura recebe em Pernambuco. “O Estado marcha em grande unidade para votar num filho da terra, que governou com largueza, que não perseguiu, que o fez o bem para muita gente e que agora pode ser presidente da República. Então, eu acho bom que o meu Estado esteja se unindo de norte a sul, de leste a oeste, todos os lados políticos para poder ajudar a gente a chegar à presidência da República.”
Sem dúvida, essa unidade é boa para ele. Mas que fique claro que não é pelos olhos azuis de Campos.

Júlia Duailibi

A mídia esgoto e a CPI


O sabujo Josias de Souza, da Folha de São Paulo, publicou ontem um artigo no qual afirma que o PT está se igualando ao PSDB quando a assunto é CPI.

Não é verdade!

Para começar, é importante consignar que quem tem um mínimo de discernimento sabe muito bem que Lula foi o presidente mais  investigado em toda a História da República brasileira. Quer seja pela PF, quer seja pelo COAF, quer seja pela CGU, quer seja pela PGR, quer seja pelas CPIs. Com efeito, nunca antes neste País um presidente foi tão investigado.

O governo Lula foi investigado pela CMPI dos correios, da Petrobras, dos Caos Aéreos, da Compra de Voto, dos Cartões Corporativos,  e do Fim do Mundo.

Depois, para quem se lembra, as grandes CPIs que Lula enfrentou, mesmo com parlamentar da base governista em algum dos cargos importantes, cito a dos Correios, do Fim do Mundo, não terminaram favoravelmente ao governo. 

Todos estão lembrados como se comportaram Osmar Serraglio e Delcídio Amaral na CPI dos Correios. Todos se lembram como se comportaram Garibaldi AlvesEfraim Morais, hoje acusado de praticar  corrupção,  na CPI do Fim do Mundo.

Portanto, Josias de Souza age levianamente ao querer comparar o governo Lula/Dilma com o do PSDB em matéria de CPI.Nada a ver um governo com o outro.

De outro lado, o mesmo Josias de Souza não deu o pio acerca  de instalações de CPIs dos governos anteriores a Lula. Não disse quantas houve no governo Collor, no governo Itamar Franco e no governo FHC (se é que houve CPI). Nem com quem ficou a presidência e a relatoria das CPIs.


Josias de Souza também não deu um pio acerca das 70 CPIs abafadas, no seu primeiro mandato, por Geraldo Alckmin, às 10 CPIs abafadas  por José Serra, e outras tantas por Aécio Neves, Beto Richa e Yeda Crusius.

É por esta parcialidade e por outras tantas que os jornalões do Brasil e seus sabujos, a mídia vendida, alugada e de esgoto cada vez mais perde leitores.

terça-feira, 27 de maio de 2014

O Supremo perdeu o juízo?!



É o que teria interrogado, de modo exaltado, um dos chamados "donos do Brasil", num de seus convescotes semanais nos nobres salões do bairro de Higienópolis em SP (ou no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro) repletos de garotas de programa, entre uma generosa fileira de cocaína e um trago no charuto cubano e no conhaque de US$600,00 a dose – aquele que vem embalado numa caixinha almofadada de madeira lustrosa, que mais parece um relicário.
Esta é uma cena que, sejamos justos, respeita a tradição atávica das nossas elites conservadoras: na época dos senhores de engenho, ou dos barões do café, bebia-se cachaça e as mulheres "usadas" [esse é um termo de época, mas que parece transcender épocas] eram jovens escravas escolhidas a dedo por zelosos capatazes nas senzalas. Mas o "espírito", que mescla soberba com lascívia, ao que parece permanece o mesmo.
E por que o STF teria "perdido o juízo", segundo evidencia a queixa exasperada do nosso atemporal "senhorzinho" em epígrafe? – pode estar a indagar o prezado leitor.
Ora, a suprema corte teria "escapado ao controle" – prudente repetir/ressalvar: segundo o pensamento das nossas elites conservadoras – porque, após ter cometido a "temeridade" de colocar em votação a proibição do financiamento privado de campanhas, está, por eloquente maioria, sinalizando que irá proibir esse tipo de financiamento nas próximas campanhas políticas.
– Eles pretendem eternizar o PT no poder?! – teria ainda indagado indignado o jovem coronel cordato da megalópole cosmopolita.
Como o diabo faz morada nos detalhes, façamos-lhe, pois, uma visita.
A história nos ensina que o voto no Brasil, na época da monarquia, não era universal; era censitário. Ou seja, só votavam as pessoas que tinham certa posse ou riqueza. E por que era assim? Simples: para que os pobres não votassem. Para que só as elites tivessem o poder de escolher os seus representantes e assim se perpetuassem ao seu bel prazer no leme da história.
Com o fim do voto oficialmente censitário, já no finalzinho do séc. XIX, o voto continuou, por muitas décadas ainda, até os dias atuais, sendo, de modo disfarçado, censitário. Pois só os candidatos indicados e financiados pelos ricos conseguiam se eleger para o parlamento ou para o executivo. Posto que as campanhas tornaram-se cada vez mais disputadas, dispendiosas e complexas. A política virou coisa de "profissionais".
Observando nossa história recente, note que não à toa o Partido dos Trabalhadores só passou a efetivamente conseguir eleger seus representantes quando começou a contar com o financiamento, a princípio envergonhado, constrangido, de parte da elite econômica do país – uma parte que estava, diga-se, deveras descontente com o último desgoverno FHC.
Daí a famosa Carta ao Povo Brasileiro. Daí a denúncia do esquema chamado de "mensalão" – refiro-me aqui ao petista, decerto, mas teve antes o tucano, o demista, o peemedebista etc. Deixemos, ao menos por ora, a hipocrisia de lado. O esquema, apelidado à guisa de pilhéria de "mensalão", existe, que eu me recorde, desde o governo Collor, passando por FHC e todos os outros governos (também, não esqueçamos, no âmbito dos governos estaduais e municipais).
O PT, finalmente, perdera os modos e pudores e entrava no jogo para ganhar, agora se utilizando, também ele, das regras, digamos, "marginais" ou "não declaradas" do jogo político. Regras estas conhecidas sobejamente por todos os políticos, promotores, juízes e demais autoridades do judiciário, jornalistas etc. – enfim do conhecimento de todos os integrantes silentes desse pacto hipócrita e servil com as elites conservadoras, que prosperou à sombra de uma mídia, de um Congresso e de um Judiciário de conivência, ou melhor, "de conveniência" (com a conveniência daquelas providenciais lojas em postos de gasolina ou à margem das estradas). A margem das estradas, note bem a metáfora acidental.
O PT, gostemos ou não, agora não mais participa do jogo político apenas para legitimá-lo – como se fora a encarnada cereja do bolo de uma democracia mofada, estragada.
O fim do financiamento privado de campanhas, grosso modo, cortaria, até certo ponto, o cordão com o qual as elites manietam os títeres poderes no parlamento e nos governos – uma vez que o poder de fato, o econômico, elas ainda mantém. Ao menos por enquanto.
Não à toa, os temas da ocasião [oxalá venham a ser "da moda"] e da pauta dos candidatos progressistas hoje são a reforma política e a "nova" política. Para nossa fortuna – e, assim espero, em contraposição à nossa ruína. Pois, insisto na tecla, não se faz política sem partidos nem sindicalismo sem sindicato.
É prudente mesmo, e oportuno, que os políticos pensem numa reforma política como um meio para se chegar a uma nova política e a uma nova democracia. Para que os fins voltem a justificar os meios.
Senão, diante da constrangedora omissão da classe política e, diga-se, do restante da sociedade, corremos o perigo de assistirmos, impávidos, uma Corte Constitucional ditando os passos de um processo civilizatório do qual deveríamos ser, em verdade, os principais e ativos agentes.
E acima de tudo, que não esqueçamos a frase do nosso "senhorzinho", que serve como título a este texto, mas que deveria também nos servir de alerta: o Supremo perdeu o juízo?!
Pois, pense comigo, se ao juízo desse indivíduo conservador teria o Supremo agora [e só agora] "perdido o juízo" é porque, segundo o seu juízo (ou seu metro), o STF só tinha "juízo" antes.
Antes, quando permitia, sem se imiscuir, o financiamento privado e a "mercantilização" da política.
Antes, quando fornecia habeas corpus, com impressionante celeridade, "de conveniência" (tal qual as lojas, insisto), aos ricos e julgava pobres por crimes famélicos.
Antes, quando se omitiu diante do arbítrio de uma ditadura, dentre outros graves equívocos já esquecidos nos efêmeros rastros da história contemporânea.
Teria o Supremo perdido o juízo?

Lula Miranda

Poeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média