O rumo que está tomando os protestos no Brasil

Os  protestos  que estão ocorrendo no Brasil são legítimos, o que não dá é um sujeito tresloucado como esse, sem nenhuma responsabilidade,  acusado de praticar crimes, querer flertar com a anarquia, com o golpe militar, e é isso o que está querendo esse meliante sem juízo.

Criador de evento que sugere 'greve geral' defende armamento e se diz de esquerda

Policial no Brasil não sabe nem mexer em arma. Se não sabe, não tem como lidar com multidão", diz Felipe Chamone, 30, criador do evento Greve Geral, no Facebook, que já reúne mais de 700 mil adesões.

Desde sexta-feira (21), centenas de perfis passaram a publicar mensagens de alerta, afirmando que o organizador da manifestação --que não tem relação com o Movimento Passe Livre-- seria policial, defensor da ditadura e do armamento civil.

Cantor de rap e produtor de shows, ele afirma nunca ter trabalhado com policiais. Mas reconhece que convive com muitos deles, que vêm em busca de "dicas para adquirir experiência" --Felipe pratica tiro esportivo regularmente, embora diga não ter armas em casa.

Em entrevista por telefone à Folha, afirma que se considera vítima dos que "são contra a revolta popular". Apesar de se considerar "de esquerda", diz que nunca pensou em política, "não entende nada" sobre partidos e que a ditadura foi um retrocesso.

Por que criou o evento?

Porque foi a forma que vi de poder ajudar. Sou mais um na multidão.

Qual é a sua resposta para quem chama você de fascista?

[Chamone ri.] Não sou nem fascista nem de extrema direita. Criaram isso para desarticular o evento, são acusações falsas. Mas são umas 30, 50 pessoas que estão criticando contra mais de 700 mil adesões.

Que acha da atuação da polícia nas manifestações?

A polícia é muito despreparada no Brasil. Não tem recurso nem bom treinamento. Já vi de perto policial que não sabia nem limpar uma arma. Só deu cem disparos na academia, não sabe nem limpar uma arma. Se não sabe mexer em arma, não pode lidar com multidão.

Como assim viu de perto?

Sou atirador esportivo, e muitos policiais me procuram para pedir dicas e adquirir experiência.

O que acha do desarmamento?

Acho que a população tem direito de escolher se quer ou não se defender com armas, já que o Brasil tem um controle muito rígido para a compra. Isso é importante. E todo mundo sabe que bandido compra no mercado negro.

Você tem arma?

Atualmente, não.

E tinha qual?

Não falo por questão de segurança.

Qual a sua opinião sobre o grupo Anonymous na internet?

Eu nunca pesquisei a fundo. Usei aquela imagem pelo filme V de Vingança.

E sobre o Movimento Passe Livre?

Completamente a favor. Todo mundo sabe que é difícil o custo de criar filho e gastar dinheiro para ele poder ir para escola. Um funcionário recebe da empresa a sua passagem, mas o desempregado e o estudante não são pagos por ninguém. Estou defendendo os menos esclarecidos, que não tem dinheiro. Os ricos têm dinheiro para levar rico para a escola.

O que pensa da participação de militantes políticos nas manifestações?

A politica é tão mal vista no Brasil que o cidadão de bem não entra nisso. Aí isso fica para uma minoria que são os maus cidadães [sic], os políticos. As pessoas do bem tem que entrar na política, mas é difícil juntar dinheiro para uma campanha hoje em dia.

Qual é sua opinião sobre casamento gay?

Quem sou eu para decidir com quem uma pessoa deve viver a vida. Cada um escolhe.

E sobre a ditadura?

Atrasou o país em décadas. Não era democrático, visava interesses particulares. Não vejo nenhum ponto positivo e todos os negativos.

Considera-se de direita, centro ou esquerda?

Esquerda.

Tem afinidade com quais partidos?

Nunca parei para analisar nenhum.

Admira quais políticos?

Estou analisando a situação, e não as pessoas em específico.

Que achou do pronunciamento de Dilma Rousseff, ontem, na televisão?

Não adianta ela querer adiar o problema achando que o pessoal vai parar de ir para as ruas. Ela tem que ir para a rua agora.

Por que apagou as fotos em que aparecia com armas no Facebook?

Porque as pessoas estavam acreditando em invenções, e não na realidade. Não sou um ditador. Apaguei as fotos para tirar a força dos que são contra.

Vai criar outros eventos?

Não vou parar até conseguir. Um amigo meu me disse que eu sempre fui revolucionário. Se analisarem as letras das minhas músicas, eu sempre falei disso. Não surgi agora, só mudei o foco. Em vez das músicas, agora estou, no caso, organizando manifestaçõe.


Da redação, com informações da Folha