domingo, 17 de fevereiro de 2013

Marina Silva lança Rede: que partido será esse?

 
 
 
Gosto muito da Marina Silva, principalmente pela coragem de lutar por seus ideais, desde quando nos conhecemos, muito tempo atrás, nos movimentos sociais lá no Acre.


Apesar da velha amizade, porém, às vezes tenho dificuldades para entender o que ela quer dizer e como pretende atingir seus objetivos. A última conversa mais longa que tivemos foi quando ela deixou o Ministério do Meio Ambiente, no final do governo Lula, e foi para o PV.
 
 
"Marina foi mordida pela mosca verde", foi mais ou menos o título da entrevista que publiquei aqui no Balaio, já antecipando sua entrada no Partido Verde para se condidatar à Presidência da República, projeto que ela ainda negava e seria inviável se permanecesse no PT.
 
 
E Marina acabou sendo a grande surpresa das eleições presidenciais de 2010, quando alcançou 20 milhões de votos, provocando um segundo turno entre Dilma e Serra.
 
 
 
Logo depois da eleição, ela deixaria o PV ao descobrir que o partido, assim como os outros, tinha donos _ e os verdes mais antigos não pretendiam abrir mão do seu poder na direção para dar espaço aos "marineiros" que chegaram depois.
 
 
Os seguidores de Marina, autodenominados "marineiros" e sonháticos", começaram desde então a planejar um novo partido para chamar de seu, diferente de todos os outros.
 
 
Mil e uma reuniões depois, finalmente eles promovem neste sábado, em Brasília, um evento bastante festivo para lançar oficialmente a Rede, nome provisório do novo partido, que precisa juntar 500 mil assinaturas até o dia 23 de setembro para poder disputar as próximas eleições.
 
 
Como aconteceu ao trocar o PT pelo PV, também agora Marina nega que o objetivo principal seja lançar sua candidatura à Presidência. "Se dentro dessa estratégia uma candidatura, seja lá de quem for, que esteja apto a levar nossas ideais para frente, se colocar, nós vamos até ter candidato", desconversou.
 
 
A pedido dela, a coordenação do evento até vetou o uso de imagens da ex-senadora no local do encontro, o Espaço Unique, assim como em material de divulgação, para evitar que a nova sigla seja chamada de "Partido da Marina", o que parece meio inevitável.
 
 
Em reuniões fechadas durante toda a sexta-feira, os líderes da Rede discutiram o estatuto do novo partido e o nome de batismo. Algumas propostas, digamos, mais exóticas, provocaram discussões, como não aceitar doações de empresas, mas apenas de pessoas físicas, e a de limitar o mandato de seus parlamentares a 16 anos (alguns acham que oito anos está de bom tamanho).
 
 
Até agora, nenhuma liderança política nacional de peso atendeu aos convites feitos por Marina. Apenas três deputados federais sem maior expressão _ Walter Feldman (PSDB-SP), Domingos Dutra (PT-MA) e Alfredo Sirkis (PV-RJ) _ confirmaram a adesão ao novo partido, além de Heloisa Helena (PSOL), ex-candidata à Presidência, hoje vereadora em Maceió.
 
 
Por mais que você não goste deles, ainda não se inventou uma forma de criar um partido político sem políticos. Para fundar seu novo partido, o PSD, no ano passado, o ex-prefeito Gilberto Kassab arrebanhou 52 parlamentares e mesmo assim teve dificuldades para reunir as assinaturas necessárias ao registro no TSE.
 
 
Se os "marineiros" alcançarem seu objetivo, o Rede será o 31º partido do país.
 
 
Ricardo Kotscho
 

Um comentário:

Henrique disse...

Hoje, a “rede de sustentabilidade”, blá-blá falando, é uma visão muito pobre daquilo que a ecologia evoluiu. Já no Ministério a marina já havia parado no tempo. O que ela diz é o que o estrangeiro gosta de ouvir, principalmente aqueles países que possuem até 1% (nada mais do que isto) de suas matas preservadas.

INÉPCIA ECOLÓGICA
A marina BLÁ-BLÁ quando teve de enfrentar uma luta verdadeira, ela ficou contra os povos indígenas, ou seja, quando do registro de frutas tropicais da Amazônia feito, com fins comerciais, pela Natura, cujo presidente [Guilherme Leal] foi o seu vice da chapa verde de eleição passada, a Blá-Blá ficou do lado dele contra os interesses e os saberes naturais dos povos indígenas, dos povos da Amazônia, ao dizer que a Justiça é que decidiria.

CURIOSIDADE
Antes da BLÁ-BLÁ sair do governo Lula, ela era o “diabo ecológico” para a imprensa. A mídia dizia que ela era quem mais prejudicava os projetos econômicos com suas ideologias.

POIS É, essa mesma mídia, agora, exalta a BLÁ-BLA.

ÉTICA ECOLÓGICA
A ética da marina é aquela que a globo tanto defende, PARA OS OUTROS!

A REALIDADE DO PAÍS
Ao se aproximar da globo ela, simplesmente, nunca expressará a realidade do país.

O BRAÇO DA DIREITA
Para quem se diz ‘ecológica’, a aproximação ‘global’ nada mais é do que mais um braço da direita e elite.

O ESTADO PARA A BLÁ-BLÁ
"Nem oposição e nem situação; nem esquerda e nem direita" – simplesmente a serviço de um Estado que só possa ser um mero espectador em muitos casos importantíssimos para o país e contra os programas sociais.

A CONCLUSÃO DESSE BLÁ-BLÁ
A grande imprensa brasileira acolhendo a marina BLÁ-BLÁ só, e tão somente, demonstra duas coisas:
- a fraca oposição e
- o seu jornalismo decadente.