sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Criação da Niobrás ganha forças e movimenta nacionalistas

 
 
Consciência da necessidade de federalização da exploração do Nióbio, metal estratégico para futuro da humanidade, ganha força além de Minas



Por Geraldo Elísio


A brutal exploração do Nióbio brasileiro, um dos metais mais raros do mundo e essencial ao desenvolvimento da humanidade, começa a incomodar importantes instituições da organização institucional brasileira a partir das denúncias formuladas pelo NovoJornal. Para se ter uma idéia do valor estratégico do nióbio, a secretária de estado do EUA, Hilary Clynton, não se sentiu intimidada em declarar à imprensa internacional que a cidade mineira de Araxá, situada no Vale do Paranaíba, encontra-se na área de interesses estratégicos dos Estados Unidos da América do Norte.


A questão do nióbio, vendido a preço subfaturado com a aquiescência de políticos corruptos que não se coram de vender o Brasil para atender à sua voluptuosidade financeira e de Poder, garantindo salários privilegiados, fóruns especiais para eventuais julgamentos e a quase certeza da impunidade, foi impulsionada com a idéia original do promotor de justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Leonardo Barbabela, sugerindo a criação da Niobrás nos moldes da Petrobrás.
 
 
Na seqüência de suas preocupações com o assunto, o promotor Leonardo Barbabela já manteve um contato telefônico, informado por ele ao Novojornal, com o procurador da República em Minas Gerais, Tarcísio Humberto Parreiras Henriques Filho, que a exemplo de seu pai, o ex-deputado estadual Tarcísio Henriques, igualmente foi prefeito da cidade mineira de Cataguases, na Zona da Mata mineira.
 
 
Na opinião do promotor Leonardo Duque Barbabela, a magnitude da questão exige envolvimentos mais amplos para conferir maior eficiência ao projeto, aglutinando todos os setores possíveis das instituições que compõem o Estado brasileiro.
 
 
Audiência pública
 
 
Em Minas Gerais, o deputado estadual Rogério Corrêia, do PT, de acordo com a bancada de oposição na casa, principalmente o deputado estadual Sávio de Souza Cruz, já propôs a realização de uma Audiência Pública para debater a relação envolvendo a CBMM, a Codemig e o nióbio, o movimento, fazendo relembrar a histórica campanha “O Petróleo é Nosso”, com a participação de nacionalistas históricos a exemplo do ex-presidente Arthur Bernardes, criador do Batalhão de Fronteira da Amazônia, o escritor Monteiro Lobato, o professor Osório da Rocha Diniz, fundador da Faculdade de Ciências Econômicas de Minas Gerais, da Escola de Engenharia Kennedy e um dos responsáveis junto ao ex-deputados federais Jorge Ferraz, Gabriel Passos e Bento Gonçalves por trazer para Betim – região central de Belo Horizonte – a Refinaria Gabriel Passos, da Petrobrás, que hoje tem como jóia da coroa o pré-sal, descoberto no atual governo petista. Rogério Corrêa quer debater a renovação, sem licitação, do contrato entre o governo de Minas Gerais e a CBMM que já vendeu parte de sua participação no empreendimento - 15% - ao Japão e à Coréia, arrecadando um lucro fabuloso de dois bilhões de dólares em detrimento do povo de Minas Gerais e gerando um desentendimento entre Oswaldo Borges da Costa, presidente da Codemig e o ex-governador e atual senador por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) em torno do butim gerado com esta desnacionalização. O contrato, sem licitação, beneficia a CBMM por mais 30 anos.
 
 
A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em sua primeira reunião deste ano, deverá decidir sobre o pedido de audiência pública formulado pelo deputado Rogério Correia.
 
 
A CBMM tem o capital dividido entre o Grupo Moreira Sales e a Molybdenium Corporation - Molycorp, subsidiária da Union Oil, por seu turno, empresa do grupo Occidental Petroleum – Oxxi. Mas é fácil perceber a prevalência de grupos estrangeiros através do banqueiro Walther Moreira Sales, conhecido testa de ferro, bastante ligado Nelson Aldridge Rockefeller.
 
 
Na audiência pública, está previsto o comparecimento dos maiores especialistas do setor principalmente os ligados as Forças Armadas que vêem promovendo gestões para federalizar, a exemplo da Petrobras, a exploração de Nióbio, idéia lançada pelo promotor Leonardo Barbabela. Relatórios confidenciais da Abim e da área de inteligência do Exército demonstram como operou o esquema criminoso de subfaturamento montado pela Codemig / CBMM, através da Cia de Pirocloro de Araxá.
 
 
Em Brasília, o assunto encontra-se também em mãos do deputado federal delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz (PC do B/SP), conhecido militante nacionalista responsável pelas prisões do deputado federal Paulo Salim Maluf e seu filho Flávio Maluf e do banqueiro-condenado Daniel Dantas, ligado a diversos grupos internacionais e que recebeu do DNPM mais de 1.400 concessões de lavras em todo o território nacional, muitas delas em Minas Gerais.
 
 
O movimento pela criação da Niobrás começa a ganhar as mesmas dimensões da campanha nacional que tentou evitar a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, desnacionalizada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o fraudador da dívida externa brasileira segundo o deputado federal Protógenes Queiroz, e que reuniu nas diversas manifestações ocorridas em todo o Brasil setores nacionalistas das Forças Armadas Brasileiras, na ocasião sob a liderança do brigadeiro do ar Ivan Frota e os setores de esquerda. Em Belo Horizontes, integrantes do movimento redigiram e assinaram um documento chamado os Novos Inconfidentes, idealizado pelo ex-secretário de Estado, Celso Brant.
 

Um comentário:

Unknown disse...

TEMOS QUE FAZER UMA CAMPANHA PARA QUE SEJA ABERETA UMA CPI DO NIÓBIO, PRINCIPALMENTE SOBRE TUDO QUE FOI FEITO (OU ROUBADO( EM ARAXÀ)