quarta-feira, 11 de abril de 2012

'Dizer que 01 sou eu é o mesmo que dizer: é o papa'

'Dizer que 01 sou eu é o mesmo que dizer: é o papa'


Assim reagiu o governador do Distrito Federal à informação de que um grampo da Polícia Federal o associaria ao bicheiro Carlos Cachoeira; nele, o sargento Dadá fala com o contraventor sobre um possível encontro com um certo 01

Brasil 247 – O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, reagiu com indignação à reportagem do Estado de S. Paulo que acaba de ser publicada e o associa ao bicheiro Carlos Cachoeira. O indício, segundo o Estadão, seria um grampo da Polícia Federal, entre Cachoeira e o sargento Dadá, onde ambos falam sobre um encontro com um certo “01”. “Isso é mais uma fantasia; mais uma mentira descabida; meu nome não aparece e não é citado. Dizer que esse tal 01 sou eu é tão insustentável quando dizer que o 01 é o papa. É uma tentativa de arrastar o meu partido para esta crise”, disse Agnelo ao 247.


Ontem, o chefe de gabinete de Agnelo, Claudio Monteiro, pediu afastamento do cargo, porque seu nome também foi associado ao do bicheiro Carlos Cachoeira. O governo do Distrito Federal buscou adotar a chamada “solução Hargreaves”, a exemplo do que Henrique Hargreaves, ex-ministro da Casa Civil de Itamar Franco, fez em 1993, quando foi acusado de irregularidades. Saiu do cargo, provou sua inocência e retornou.



Leia aqui a reportagem do Estado de S. Paulo que associa Agnelo a Cachoeira.



Leia ainda, abaixo, o comentário de Hélio Doyle, colunista do 247, sobre o afastamento de Claudio Monteiro:


Cláudio Monteiro, chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, fez o que tinha de fazer: exonerou-se do cargo diante das suspeitas levantadas contra ele. A atitude não significa reconhecimento de culpa, muito menos que ele seja culpado. Até porque o que foi apresentado até agora não comprova cabalmente que Monteiro tenha realmente participado de falcatruas no governo do Distrito Federal. Há apenas indícios, sérios, que têm de ser apurados.


Essa é a atitude que deveriam tomar (e que deveriam ter tomado) todas as autoridades acusadas de cometer irregularidades. O afastamento evita que o governo seja contaminado pelas denúncias e reduz o ímpeto da imprensa. Ao mesmo tempo, mostra que o acusado não teme as investigações e abre mão do foro privilegiado que tem como ministro ou secretário de estado.


Caso nada seja comprovado contra Monteiro, o governador pode chamá-lo de volta, como o presidente Itamar Franco fez com seu chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves. O exemplo de Hargreaves deveria ser o modelo para os ministros de Dilma, mas até agora todos os acusados se aferraram aos cargos e só foram afastados depois de enorme desgaste público.

2 comentários:

Francy Granjeiro disse...

Sobre um possível encontro com um certo 01 citado no estadão deve ser o "correio braziliense" que sabia, que acobertou as falcatruas do Policarpo da Veja, esse jornal deve estar atolado também até o pescoço com essa bando de urubus fedorentos.TN cutuca esse jornal o correio braziliense,que tem podridao também, viu!?

Carlos Cwb disse...

Se todo dirigente que for acusado por qualquer "ouvi dizer" se afastar, o país fica ingovernável, por descontinuidade.
Acho que é nisso que o PIG aposta...