quarta-feira, 29 de junho de 2011

O país real

Uma transformação de grande magnitude está em curso no país. A frase é do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, diante dos dados revelados pelo estudo "Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira", realizado pela respeitada instituição.


Neri baseia sua afirmação na redução significativa da desigualdade no Brasil, que cresce nos demais Brics, países com quem o Brasil mais pode ser comparado. O sucesso do modelo brasileiro tem sido conciliar o crescimento econômico com a redução das desigualdades sociais. Entre 2003 e 2007, a renda dos 20% mais pobres da população brasileira avançou em média 6,3% ao ano, enquanto a dos 20% mais ricos subiu apenas 1,7%.


O Brasil é o único dos Brics a registrar tal fenômeno. Na China, a renda dos mais pobres subiu até mais que a dos brasileiros (8,5%), mas a dos 20% mais ricos evoluiu 15%. É por isso que se ouve falar tanto de novos milionários e até bilionários na China e não tanto de uma mobilidade social como a verificada no Brasil. Na Índia, os 20% mais pobres tiveram uma evolução de renda de apenas 1%, contra 2,8% dos mais ricos, e na África do Sul a relação foi de 5,8% para os mais pobres e 7,6% para os mais ricos.


O Brasil encontrou um caminho de inclusão social, superando os temores do crescimento e de receitas obsoletas como a de que era preciso primeiro crescer para depois distribuir a riqueza. A pirâmide social brasileira muda de configuração, com a consolidação de uma robusta classe média capaz de contribuir efetivamente para a manutenção deste ciclo de desenvolvimento. De 2003 até agora, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam paras as classes A,B e C, o que equivale a uma África do Sul ou a uma Espanha.


Os mais ricos também crescem, mas o importante é que os mais pobres diminuem. As classes D e E se reduzem e a classe C engorda. O Brasil se torna cada vez mais um país de classe média e precisa continuar avançando sem medo de ser feliz. A mobilidade social implica em mais consumo e é preciso estar preparado para absorvê-lo. O debate não deve ser sobre os riscos de inflação e sim sobre ampliação da capacidade produtiva para gerar mais emprego e renda e atender as aspirações dessa nova leva de brasileiros.


Marcelo Neri não vê qualquer sinal de desaquecimento do aumento da renda, e a população está confiante. O estudo da FGV também revela que os brasileiros são os mais otimistas quanto ao seu futuro. Num ranking de felicidade futura que a FGV elaborou a partir de dados de uma pesquisa mundial do Gallup, de 2009, com 146 países, os brasileiros dão nota média de 8,7 à expectativa de satisfação com a vida em 2014. Quem mais se aproxima dos brasileiros são os jamaicanos, com 8,3.

 

Este é o país real e não o que se lê diariamente nos noticiários, repleto de futricas políticas, crises artificiais e problemas. Não que o Brasil esteja livre deles. Apesar das melhorias, a desigualdade ainda é gritante e a miséria, por exemplo, continua a existir entre parcela significativa da população (8,5%). A eliminação das desigualdades vai exigir políticas mais transformadoras e para combater a miséria já existe um plano em curso. Que não seja afetado pela pequenez política dos que se preocupam apenas com poder e ganhos e não com a melhoria de vida da população.



Mair Pena Neto, Direto da Redação

3 comentários:

VERA disse...

E quem liga para o que diz a mídia CORRUPTA e BANDIDA, MANTIDA pelos DEMOS-TUCANALHAS???!!!

Só os 4% de TUNGANOTÁRIOS que reprovaram o governo do LULÃO!!!

Então, deixa os cães ladrarem!!!
Enquanto isso, a caravana de nossa Presidenta passa linda, leve e solta, igual a do LULÃO!!!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Anônimo disse...

Apesá dus ganhu du Pranu Rear, qui ten mioradu un poquinhu a vida dus brasileru, ainda somus un dus paíz mais desiguar du mundu, i u disguvernu du Bafão nun feis absolutamenti nada pra mudá ess dura rialidadi, a não sê dá ismola in troca di votu du povão.

É porissu qui a Dirma arresorveu ilogiá u "meu quiridu prisidenti" dela, dizenu qui eli "arquitetô um pranu duradoru qui acabô cua hiperinfrassão i diu istabilidadi ecunomica au paíz", qui foi u modu qui ela encontrô di riconhecê uma verdadi istórica qui u Bafão tinha mistificadu.I ela tá certa, juntu cun mais da metadi du povu brasileru qui nun votô nela.

Inquantu issu, u Bafão i sua caravana di alupradus segui livri i sortus! Acorda, PGR! Acorda MP! Acorda, STF! Acorda Braziu!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKkkkk

VERA disse...

Aliás, deixa os TUNGANOTÁRIOS falarem também!!!

Eles não passam de um BANDO DE CUPINS querendo voltar a devorar nosso dinheiro, principalmente, o da merenda das criancinhas!!!

XÔ, TUNGANOTÁRIOS INVEJOSOS e PERDEDORES!!!