segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dilma recebe aplausos de uruguaios

A rápida visita da presidente Dilma Rousseff a Montevidéu nesta segunda-feira terminou com aplausos dos uruguaios, que tentaram ver a presidente brasileira na saída do Palácio Santos, sede do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai. Depois de um breve aceno para o público, ela saiu em carro com vidros escuros, frustrando os que tentaram vê-la mais de perto. A visita à capital uruguaia marcou a retomada da agenda internacional de Dilma, depois do cancelamento da viagem ao Paraguai, no início de maio, por conta de problemas de saúde.


Auruguaia foi também um fator muito importante nessa visita, esteve presente, me cumprimentando, isso caracteriza um padrão extremamente elevado de civilidade na relação entre as nações." viagem ocorreu em meio a crises internas, com as suspeitas sobre o aumento de patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e as dificuldades do governo com a base aliada, expostas durante a votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados. No Uruguai, a presidente evitou dar entrevistas. Na declaração oficial à imprensa, destacou os acordos assinados com o país vizinho, a democracia nos dois países e a civilidade da oposição uruguaia.



Ministros


Os ministros que acompanharam Dilma a Montevidéu também evitaram comentar o caso Palocci. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, não respondeu aos questionamentos sobre o tema. "Se a agenda de vocês (jornalistas) é sobre o Palocci eu não tenho nada a comentar." O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afastou qualquer efeito de "crise" com o episódio, voltando a dizer que não há investigação na Polícia Federal envolvendo Palocci, como já havia feito no Congresso Nacional.


Além de Bernardo e Cardozo, outros seis ministros acompanharam a presidente na viagem ao Uruguai: Antonio Patriota (Relações Exteriores), Alfredo Nascimento (Transportes), Ana de Hollanda (Cultura), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Mário Negromonte (Cidades), além do assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerrmann.


Democracia


A visita durou cerca de cinco horas. O primeiro ponto de parada foi o Laboratório Técnico do Uruguai, primeiro ponto de parada na viagem, onde Dilma foi recebida pelo presidente uruguaio José Mujica, ex-guerrilheiro que ficou 14 anos preso, período que incluiu o regime militar no país.


Dilma, que também combateu o regime militar, ressaltou que os dois governos são "democracias estáveis, que respeitam contratos, respeitam os direitos humanos, e que criam um ambiente bastante fraterno entre os dois povos". A conversa com Mujica incluiu, disse a presidente, informações e opiniões sobre um cenário internacional "que é extremamente complexo".


Ressaltou a integração regional por meio do Mercosul (Mercado Comum do Sul) e da Unasul (União das Nações Sulamericanas), que classificou como uma integração regional "pró-paz", que garante a "estabilidade e a segurança" na América do Sul. Disse ainda que Brasil e Uruguai coincidem "na visão de um mundo multipolar inclusivo no qual as responsabilidades dos Estados grandes ou pequenos sejam determinadas pela contribuição de cada um a paz, ao diálogo, à cooperação e não pelo seu potencial de afirmação pela força ou pela ameaça do uso da força".


Acordos


O Laboratório Técnico do Uruguai, que marcou o início da visita da presidente, concentrará os projetos de desenvolvimento da televisão digital no país, que recentemente abandonou o modelo europeu e passou a usar o padrão nipo-brasileiro. Só em equipamentos, o Brasil destinará US$ 600 mil para o laboratório.


Os acordos assinados entre os representantes dos dois países preveem ainda o ensino da língua portuguesa a agentes da polícia migratória do Uruguai, para que possam atender brasileiros residentes ou em passagem pelo país. Também serão capacitados técnicos da área de saúde e vigilância sanitária, da área de restauração do patrimônio público, além de troca de experiências entre os dois países em relação a políticas de habitação. Na área de infraestrutura, destacam-se a construção de uma nova ponte sobre o rio Jaguarão, a reativação da interconexão ferroviária e a implantação da hidrovia Uruguai-Brasil.


O presidente Mujica ressaltou a proposta de criação de uma universidade de fronteiras, para compartilhar pesquisa e conhecimento. "Nunca estaremos integrados se não conseguirmos a integração da inteligência."


A viagem ao Uruguai foi a terceira da presidente Dilma ao exterior desde que assumiu a Presidência da República, em janeiro. A agenda foi inaugurada com uma visita à Argentina, em março. Em abril, a presidente foi à China.Terra

Um comentário:

VERA disse...

Apenas os demos-tucanalhas, o PIG e os 4% que os apoiam, não aplaudem nossa amada Presidenta!!!