terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dilma contesta Serra sobre verbas para favelas de São Paulo


Vestida de blazer azul e com a pompa de ex-ministra da Casa Civil, a candidata Dilma Rousseff praticou o que parece ser seu esporte preferido, numa coletiva à imprensa em São Paulo, na tarde desta segunda-feira (30): desdobrou-se em números para contestar o oponente José Serra (PSDB). As favelas de Heliópolis e Paraisópolis, na capital paulista, centralizaram o duelo dos presidenciáveis.

Serra a acusou de "propaganda enganosa" no horário eleitoral, por ter apresentado a urbanização das duas comunidades. "O governo federal anunciou que o Lula vai a Paraisópolis inaugurar. Inaugurar o quê? Lá, tem um conjunto habitacional que foi feito pelo município. Tem um dinheiro federal lá, de 20% a 30% (...) Depois vai para a televisão e não dá ideia de quem está fazendo aquilo", atacou o candidato tucano.

Auxiliada por papéis, Dilma contestou o rival e listou os investimentos federais nas obras de urbanização dos bairros pobres. Em 19 de dezembro de 2007, o contrato de Heliópolis. Segundo a petista, 40% das obras são tocadas pela Prefeitura de São Paulo; dos R$ 203 milhões investidos, R$ 148,4 milhões são provenientes dos cofres federais, "para 1.427 novas moradias e para recuperar 1.343 casas". Há ainda trabalhos de organização fundiária, pavimentação e saneamento.

Dilma vira a folha. Agora, os dois contratos de Paraisópolis, assinados em 26 de dezembro de 2007. No primeiro, com a prefeitura, do total de R$ 238,2 milhões, R$ 106,3 milhões vêm do governo federal. No segundo contrato, com o governo do Estado - Dilma enfatiza: "do ex-governador Serra" -, dos R$ 80,6 milhões aplicados na construção de moradias, R$ 56,6 milhões são federais.

"Respondi a uma crítica e estou respondendo", disse Dilma, no contra-ataque. Segundo ela, a população de Heliópolis e Paraisópolis não pensa igual a Serra em relação à origem dos recursos.
Terra.

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