domingo, 25 de julho de 2010

Dilma tem medo de quê?


Há dias que se diz que a candidata petista, Dilma Rousseff, foge de entrevistas, não comparece ou desmarca sabatinas previamente agendadas.

Mas esta semana termina com duas participações importantes da candidata em encontros com jornalistas que não a pouparam de questões espinhosas, constrangedoras e até de provocações – todas formuladas de forma civilizada.

Dilma compareceu ao programa 3 a 1, da TV Brasil, e não houve nada de “chapa-branca” na entrevista. Longe disso, os jornalistas que a receberam abordaram quase sempre os pontos críticos do noticiário: como o controle da imprensa, os ataques de adversários, as relações fisiológicas com aliados.

Sem se enervar, titubear ou reagir mal, Dilma encarou com tranqüilidade surpreendente as perguntas. E, melhor: respondeu a todas. Pode-se discordar das respostas, de sua adequação ou correção. Mas não houve evasiva, da parte da petista.

Na sabatina do R7/RecordNews, Dilma foi confrontada pela primeira vez em público com temas espinhosos: sua futura relação com os militares, a agora comprovada quebra de sigilo fiscal de Eduardo Jorge, as alianças incômodas com políticos como Collor e José Dirceu, e tantos outros temas. Outra vez, a petista encarou a briga – ou melhor, levou adiante a conversa sem perder a capacidade de dialogar e sem apresentar fragilidades de temperamento ou argumento - dos quais, volto a ressaltar, pode-se discorda, é claro.

A semana termina com a notícia de que a candidata de Lula passou o adversário tucano em 8 pontos percentuais, segundo levantamento do Instituto Vox Populi. Até este momento, a campanha de Dilma mantém a confirmação de sua participação em todos os debates do primeiro turno a serem promovidos pelas grandes emissoras de tv. A expectativa é de que os números das pesquisas não alterem este compromisso. Cristina Lemos.

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