domingo, 30 de agosto de 2009

O PIG jogou a toalha:Brasil sai da crise mundial maior do que entrou

Esse é o cara.
É duro para o PIG escrever uma notícia dessas. Há um ano atrás o PIG, os demotucanos davam o Brasil como quebrado. Viam na quebra do Brasil a esperança para o PSDB retornar ao poder na eleição de 2010. O resultado está ai. O governo Lula pegou uma crise, diga-se de passagem, a maior de todos os tempos, gerada no coração do capitalismo e vai sair maior do que entrou. Não tem preço.
Sábado, 29 de agosto de 2009

Às vésperas do mês em que se completa um ano da crise global, o otimismo com o País tornou-se consenso

O Estado de S. Paulo

RIO - O Brasil saiu da turbulência global maior do que entrou. Às vésperas do mês em que se completa um ano da crise iniciada com a concordata do Lehman Brothers, em 15 de setembro, o otimismo com o País tornou-se consensual. “O fato de que o Brasil passou tão bem pela crise tinha mesmo de instilar confiança”, diz Kenneth Rogoff, da Universidade Harvard, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para Jim O’Neill, do Goldman Sachs, e criador da expressão Bric (o grupo de grandes países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China), “o Brasil passou por essa crise extremamente bem, e pode crescer a um ritmo de 5% nos próximos anos”.


As medidas do Brasil contra a crise



G-20 e a crise (até abril 2009)


O crescimento de importância do Brasil e de outras economias emergentes é uma das características do novo mundo surgido com a crise econômica. Para comentar essa e várias outras mudanças, o Estado ouviu oito grandes economistas estrangeiros e brasileiros: Rogoff; O’Neill; Barry Einchengreen, da Universidade de Berkeley; José Alexandre Scheinkman, de Princeton; Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio gestor do Gávea Investimentos; Edmar Bacha, consultor sênior do Itaú BBA e codiretor do Instituto de Estudo de Políticas Econômicas - Casa das Garças (Iepe/CdG); Affonso Celso Pastore, consultor e ex-presidente do BC; e Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.

Pastore observa que a recessão no Brasil foi curta, de apenas dois trimestres, comparada a quatro em países como Estados Unidos, Alemanha e França. Goldfajn nota que há os países que estão saindo da recessão no segundo trimestre e os que estão saindo no terceiro - o Brasil está entre os primeiros, com várias nações asiáticas. “Mesmo no primeiro trimestre, se olhar mês contra mês, há números fortes de crescimento no Brasil”, acrescenta.

Para Goldfajn, a crise foi um teste de estresse para diversos países, no qual alguns passaram, outros não, alguns tiveram nota boa e outros nota ruim. “Acho que o Brasil tirou nota boa, e agora está todo mundo olhando e dizendo ‘esse cara é bom’”, diz Goldfajn.



Uma das principais razões para o sucesso do Brasil em enfrentar a crise, segundo Pastore, é que ela pegou o País com o regime macroeconômico adequado - câmbio flutuante, bom nível de reservas, inflação controlada, superávit primário, dívida pública desdolarizada e caindo em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB). Essa solidez combinou-se com o sistema financeiro capitalizado, pouco alavancado, que estava proibido pela regulação de operar com os ativos perigosos, como os títulos estruturados no mercado americano de hipotecas subprime. “Uma das lições da crise é que países que tinham uma abordagem equilibrada da regulação do mercado financeiro, como Brasil, Austrália, Canadá , não tiveram crise bancária”, diz O’Neill.

A política anticíclica, baseada em corte de impostos e ampliação de gastos públicos, também ajudou, embora esta segunda parte seja criticada pelos efeitos de médio prazo. Para Pastore, os aumentos do funcionalismo e do Bolsa-Família tiveram efeitos contracíclicos, mas “por coincidência”, já que foram decididos antes da crise. “O defeito é que, se fosse política contracíclica mesmo, teria de expandir gastos transitórios, e não permanentes.”

Para a maioria dos economistas, o aumento dos gastos públicos correntes reduz o espaço do investimento, e impede que o Brasil cresça a um ritmo ainda mais forte do que os 4% a 5% que estão sendo previstos. “Não é nem preciso dizer que há um monte de coisas que o Brasil poderia fazer para crescer mais rápido”, comenta Rogoff.

De qualquer forma, o sucesso diante da crise jogou o Brasil no radar dos investidores. “À medida que continuarmos a crescer mais que o mundo, é natural que o País receba um aporte muito grande de investimentos estrangeiros diretos”, diz Pastore, acrescentando que eles aumentaram, mesmo com recessão e queda de lucros nos países que sediam as empresas que investem no Brasil.

A contrapartida dos fluxos de capital é o câmbio valorizado e o déficit em conta corrente, o que significa que o mundo está financiando o Brasil para consumir muito (o que implica poupar pouco) e investir ao mesmo tempo. Segundo Goldfajn, os brasileiros serão um dos povos convocados, junto com os asiáticos, a preencher o espaço deixado pelo fim da exuberância do consumidor americano, atolado em dívidas e necessitado de reconstruir seu patrimônio.

3 comentários:

Anônimo disse...

ILUSÕES PERIGOSAS

Senão mentiras, ao menos ilusões. Faz tempo ouve-se a equipe econômica apregoar que saímos da crise. Para Mantega e companhia, o país vai de vento em popa. Deu a volta por cima na tempestade que assola o planeta.
Será, no mínimo, uma ilusão, para quem por cautela e educação evita falar em mentiras.

Senão vejamos, conforme números divulgados pelo próprio governo:
aumentou o nível das inadimplências; as vendas caíram; a produção industrial e agrícola diminuiu; os juros para as pessoas físicas subiram, como o do cheque especial e o dos cartões de crédito; a arrecadação é menor do que nos anteriores; o desemprego multiplicou-se.

Por mais que se torça para sairmos da crise, não dá para deixar de somar essas e outras informações sem que se pergunte: que paraíso é esse?

Carlos Chagas

O TERROR DO NORDESTE disse...

Triste de um leitor que tem como fonte o cafajeste e mentiroso Carlos Chagas, aquele mesmo que ibventou uma tal ONG Amigos de Plutão e que, depois, desmentiu:

Em 30 de setembro de 2006, o jornalista Carlos Chagas publicou a Retratação.

"...

A 29 de agosto, enveredei pela mesma trilha, diante da desclassificação de Plutão de planeta para asteróide. Por conta da proliferação de ONGs fajutas mamando nas tetas do governo, [ ...] , imaginei outra, a "Sociedade dos Amigos de Plutão".

"Ao descrever suas atividades, obviamente fictícias, não resisti à tentação de apresentá-la como da mesma forma presidida por líder sindical, suposto amigo do presidente, claro que inexistente, por isso jamais fulanizado. A ONG teria sede na Esplanada dos Ministérios e seus diretores empreenderiam farta e luxuosa viagem ao redor do mundo, pregando a imprescindível reabilitação de Plutão.

..."

Anônimo disse...

Você não entendeu o caso. A ONG "Amigos de Plutão" foi apenas u'a metáfora "não-futebolística" de que o jornalista se valeu para denunciar a corrupção das ONGs que estariam gravitando em torno do desgoverno Lulla. Inclusive a extinta Rede 13 coordenada por Lurian Cordeiro, filha de Lulla, que teve a participação ativa de um amigo íntimo de longa data dele, Jorge Lorenzetti, churrasqueiro oficial da República e um dos envolvidos no escândalo da venda e da divulgação de um dossiê para tentar incriminar políticos tucanos.

A "Amigos de Plutão" era fictícia. Mas, se existisse, seria apenas mais uma dentre as numerosas ONGs que, ao que se supôs na própria CPI dos Bingos, estariam sendo usadas para desviar dinheiro público para as contas de petistas.