quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mantega diz que é "balela" acusação de que Receita não fiscaliza grandes empresas

Curioso que a senhora Lina, esposa de um ministro de FHC, vendeu a ideia, para justificar a sua incompetência na condução da Receita Federal, que na gestão dela o alvo era os grandes contribuintes. Isso é mai uma mentira deslavada dessa demotucana maluca.Ora, pelo que todo mundo sabe a atuação da receita com foco nos grandes contribuintes não vem de agora. Quem não se lembra de Eliane Tranchesi, da DASLU, dos primos Schincariol, do advogado Geraldo Neves e tantos outros. Pelo que se sabe, nenhum desses sonegadores citados foi investigado na gestão Lina.


26/08/2009


Folha Online, em Brasília

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse hoje que a fiscalização da Receita Federal funciona normalmente em todo o país, apesar das exonerações e pedidos de demissões de funcionários ligados à ex-secretária Lina Vieira.

Lina deixou o controle do fisco no mês passado e acusou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de ter interferido na gestão do órgão.

Nesta semana, já foram exonerados oito funcionários. Outros 60 ameaçam deixar seus cargos. O principal motivo citado pelos demissionários é a suposta mudança de foco na fiscalização, o que foi negado hoje pelo ministro.

"É uma balela dizer que não estamos fiscalizando os grandes contribuintes. Há mais de dez anos existe um programa de fiscalização, que foi reforçado no meu comando", afirmou Mantega.

O ministro citou como exemplo, o reforço da equipe de fiscalização sobre o sistema financeiro, que estava mais "carente".

Mantega negou também que haja uma paralisação das atividades do órgão por causa dessas mudanças de pessoal. "A Receita está funcionando normalmente. Está se criando a ideia falsa de que há confusão."

Segundo ele, é normal que o novo secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, realize essas trocas. De acordo com o ministro, os demissionários são pessoas que já seriam mesmo afastadas.

O novo secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, anunciou ontem os principais nomes da sua nova equipe. Foram feitas substituições no comando das superintendências regionais da Receita em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e também em duas das quatro secretarias-adjuntas do fisco.

Lina versus Dilma

Até agora, o Ministério da Fazenda não apresentou uma justificativa oficial para a saída de Lina, que comandou a Receita por menos um ano. Entre as versões para a demissão estão as polêmicas envolvendo a ministra Dilma e a mudança contábil da Petrobras.

Em entrevista à Folha, a ex-secretária afirmou que a ministra pediu a ela que a investigação realizada pelo órgão nas empresas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fosse concluída rapidamente.

Entre os servidores afastados da Receita nesta semana está Iraneth Dias Weiler, a chefe de gabinete de Lina, que confirmou detalhes sobre o suposto encontro da ex-secretária com a ministra Dilma.

Petrobras

Outra explicação para a saída de Lina seria a nota divulgada pela Receita sobre uma mudança contábil que permitiu à Petrobras reduzir o recolhimento de impostos.

Antes de ser promovido, Cartaxo ocupava o segundo cargo mais importante na hierarquia da Receita, logo abaixo de Lina. A promoção veio depois do depoimento do atual secretário na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras.

No Congresso, Cartaxo afirmou que mudança realizada pela Petrobras deve ser aprovada pela Receita.

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