quinta-feira, 2 de julho de 2009

Trocando seis por meia dúzia




Ao falar acerca da crise que envolve o Senado, o senador Sérgio Guerra atribuiu ao 1º vice-presidente da Mesa Diretora, senador Marconi Perillo (PSDB-GO) "total condição moral de assumir a presidência do Senado".



Fala sério, anão do orçamento!



Veja "toda condição moral", a que se refere Guerra, de Marconi Perillo:





2/julho/2009

O Procurador Geral elaborou uma pequena lista dos atos edificantes do ínclito senador tucano
Caro Paulo HenriqueEis alguns e-mails que recebi. Não deixa de ser curioso que o primeiro nome na linha sucessória de Sarney tenha tal biografia (ou seria folha corrida?).


(As denuncias do Ministério Publico Federal serão julgadas pelo Supremo Tribunal Federal, já que o ínclito Senador tucano tem foro privilegiado (Viva o Brasil !)
Veja só:


Marconi Perillo (PSDB-GO), 1º vice-presidente do Senado pode assumir o lugar do atual presidente, José Sarney (PMDB-AP), caso ocorra a renúncia ao cargo.Marconi é do partido do Farol. Foi governador de Goiás duas vezes e exerce seu mandato como senador até 2015.Veja abaixo a lista de inqueritos de Marconi:Inquérito 2504 – Crimes contra a administração pública e licitação pública.Inquérito 2481 – Concussão, corrupção passiva, prevaricação, tráfico de influência, corrupção ativa e abuso de autoridadeInquérito 2714 – Crimes contra a administração pública. Corrupção passiva (corre em segredo de Justiça).Inquérito 2751 – Investigação penal (corre em segredo de Justiça).=====http://liorcino.blogspot.com/2008/05/mp-denuncia-marconi-perilo.html


Sexta-feira, 9 de Maio de 2008


MP Denuncia Marconi Perillo


Os detalhes da denúnciaEm tópicos, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, listou as supostas fraudes na campanha:


1 – Constatou-se adulteração de contratos de carros de som. Para o procurador-geral, houve fraude na alteração dos contratos de aluguéis desses veículos nas campanhas de Alcides e Perillo. Com a ajuda de Waldete Faleiros, contadora do diretório estadual do PSDB em Goiás, notas fiscais de gastos de Perillo com carros de som foram alteradas para a campanha de Alcides para justificar um erro logístico percebido no fim da eleição: não havia sido contabilizada legalmente nas contas de Perillo nenhuma doação para esse tipo de serviço.


2 – Utilização de caixa 2 por meio da Multcooper, uma empresa de serviços especializados, responsável pelo pagamento de funcionários dos dois candidatos. Para o Ministério Público, a prestação de contas mostrou que havia um contrato entre as duas campanhas e a Multcooper no valor de R$ 711 mil. Cada candidato deveria pagar metade, cerca de R$ 355 mil. Entretanto, Marconi declarou à Justiça Eleitoral o pagamento de uma única parcela de R$ 416 mil, R$ 60 mil acima, o que seria indício de caixa 2. Há também o depoimento de um prestador de serviços da empresa, Vasco Melo Santos Camargo Junior, que recebeu o pagamento pelo seu serviço em dinheiro vivo, sem recibo ou contrato. As notas fiscais apreendidas da campanha de Alcides também mostram pagamento de R$ 600 mil a uma empresa chamada Cantagalo Comunicação Ltda. A despeito do alto valor, não existe esse pagamento na prestação de contas à Justiça.
3 – Utilização de notas frias – O procurador-geral Antonio Fernando acusa os dois candidatos de apresentarem uma série de notas frias para justificar gastos de campanha. Cabia à Waldete Faleiros contatar empresas para “regularizar” contas de campanha. Em uma interceptação telefônica feita pela Policia Federal, no dia 18 de dezembro de 2006, Waldete consegue realizar a fraude com o presidente da Multicooper, Genaro Herculano, de acordo com o MP.


Waldete – Eu preciso fazer uma operação em nome do PSDB, no valor de quinze mil, é possível?


Genaro – O que você precisa de mim?


Waldete – Uai, eu preciso de uma nota… e descontar o cheque.


Genaro – Tá, e os impostos, como é que você faz?


Waldete – Pois é, quanto que seria?Genaro – Dá 16.33


Waldete – Bom, eu queria assim… na realidade são trinta, entendeu? Mas eu tava precisando fracionar.


Genaro – Mas o que é que seria? O que a gente vai colocar?


Waldete – Pois é, aí poderia ser locação de veículo.


Genaro – É, locação de veículo dá, porque eu tenho muito veículo.


Waldete – Eu só quero saber assim… como é que eu faço… Se você deposita o dinheiro e devolve…


Genaro – Faz igual aquele dia… Você traz o cheque e ela te devolve em dinheiro. Te devolve em dinheiro pra não ter problema.


Na mesma investigação, o procurador-geral aponta Lúcio Fiúza, administrador financeiro da campanha de Marconi, como seu cúmplice e homem de total confiança. Waldete liga para Fiúza no dia 20 de dezembro de 2006 para consultá-lo sobre notas frias de uma outra empresa, a Promix. Antonio Fernando afirma que fica “evidente” a participação de Marconi Perillo.


Waldete – Deixa eu falar com o senhor.


Eu tô tendo dificuldade para conseguir aquele documento.


Lúcio – Hum.Waldete – Mas me ocorreu uma idéia, vamos ver se o senhor concorda. É o Reinaldo (da Promix), ele tem um saldo devedor contábil lá no diretório. Eu não poderia… desfazer pra ele e ele…?


Lúcio – Uai… Eu não sei como é a confiabilidade, né?


Waldete – Pois é, foi por isso que eu te liguei.Lúcio – Vamos pensar mais um pouco… Continua pensando por enquanto… Até eu pegar uma luz com o chefe.Waldete – Tá. Porque aí não precisa nem nota entendeu? Só recibo.


4 – Ocultação de provas – Na denúncia do Ministério Público existe ainda a acusação de ocultação de provas contra Marconi Perillo, Waldete Faleiros e Lúcio Fiúza. Os diálogos interceptados no período de 8 e 12 de dezembro de 2006 mostram, de acordo com o MP, que os denunciados tiraram provas do comitê, a fim de obstruir investigação eleitoral. As provas teriam sido levadas para a casa de Marconi.


No dia 8 de dezembro, Waldete orienta Rodrigo, funcionários de um dos comitês, a esconder documentos e computadores.


Waldete – Agora que eu vi que tinha duas chamadas aqui.


Pois é, era pra você sair daí, tirar o notebook, tirar os documentos…


Rodrigo – Deixa eu te falar, eles chegou de supetão, eles pegou os documentos do PSDB, viu.


Waldete – Pegou tudo?


Rodrigo – Pegou.


Waldete – Ai, meu Deus.


Mais tarde, no mesmo dia, Waldete conversa com Lúcio.


Lúcio – Por que só levaram computador?!


Waldete – Não. Levaram a documentação toda e os computadores.


Lúcio – A nossa documentação também?


Waldete – Não, a nossa tá comigo.


Lúcio – Tá certo. Deixa bem guardado, hein? Não tinha nenhum papel, nenhum rascunho.


Waldete – Não Dr. Lúcio, não tinha nada assim que comprometesse, a não ser por muita falta de sorte.


Interceptação do dia 3 de janeiro de 2007, escreve Antonio Fernando, revela que parte dos documentos subtraídos, inicialmente guardado em um cofre no Palácio das Esmeraldas, foi levado para a casa de Marconi Perillo.


5 – Uso da máquina pública – As provas colhidas durante a investigação, afirma o MP, revelam que Marconi Perillo e Alcides Rodrigues usaram servidores e bens públicos na campanha de 2006. De acordo com a investigação da Policia Federal, os seguranças usados nas campanhas eram policiais militares estaduais durante o horário do expediente.


No dia 2 de janeiro, uma interceptação telefônica entre Marconi Perillo e Lúcio Fiúza é resumida na denúncia. “Marconi avisa a Lúcio que pagou os funcionários da Fazenda e os seguranças, faltando agora o valor do salário dos sargentos que ele não sabe, diz que os sargentos vieram com uma conversa de ser 700,00, mas ele acha que é menos pois eles estão recebendo uma parte do governo”.


Além do processo no STF, o governador e o senador devem responder a ação por crime eleitoral, provocada pelo Ministério Público Eleitoral. Nesse caso, se forem condenados, podem perder o mandato.


Leia também:


Senador Marconi Perillo tem curso superior só para ele em Goiânia


FELIPE BÄCHTOLD


da Agência Folha – 20/10/2007 – 16h55


O Ministério Público Federal pediu na Justiça o fim de privilégios que o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) recebe em uma faculdade particular de Goiânia. Ele e a mulher assistem às aulas sozinhos e com horários adaptados no curso de direito da Faculdade Alves Faria. Perillo, que governou o Estado entre 1999 e 2006, e Valéria Perillo comparecem às aulas só três dias por semana.


A Procuradoria considerou que a prática fere o princípio da igualdade na prestação de um serviço público. Uma ação civil pública contra o senador foi encaminhada à Justiça pedindo o pagamento de uma indenização, ainda sem valor definido, aos estudantes da faculdade.


Ao Ministério Público a direção da faculdade disse que, se os dois estivessem em classes comuns, seu “carisma” faria com que fossem assediados por colegas, o que prejudicaria as aulas. O Ministério Público argumenta que “até na monarquia britânica os herdeiros estudam em turmas comuns”. A Procuradoria considera que os outros estudantes acabam arcando com os custos de manutenção de uma estrutura feita para apenas dois alunos. Os dois pagam de mensalidade o mesmo valor dos demais alunos –cerca de R$ 600.


O senador disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há irregularidade porque a faculdade é particular e o Ministério da Educação permitiu a prática. Perillo, 44, não tem formação em curso superior.


“Recuso-me a seguir exemplos de homens públicos que se contentam apenas com os importantes diplomas conferidos pela Justiça Eleitoral”, afirmou em nota à imprensa. “Agora, deixem-me estudar.”


Em 2002, o presidente Lula disse em cerimônia de diplomação: “Eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho como meu primeiro diploma [...] o de presidente da República”.


Fundada há sete anos, a Faculdade Alves Faria pertence ao Grupo José Alves, que atua também nos setores de bebidas e rastreamento de cargas. Em 2006, o curso de direito da faculdade obteve conceito 2 no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), do Ministério da Educação, em uma escala que vai de 1 a 5.


A faculdade não respondeu aos questionamentos feitos pela Folha. O Ministério Público apurou o caso após uma representação feita pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
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E mais:Marconi Ferreira Perillo Júnior (Palmeiras de Goiás, 7 de março de 1963) é um político brasileiro. Exerceu, de janeiro de 1999 a março de 2006, o cargo de governador de Goiás. É senador pelo mesmo estado desde 2007, eleito para o cargo de Vice Presidente do Senado Federal do Brasil para o bienio 2009/2010. O senador foi suspeito nos inquéritos 2481, 2504 e 2562, que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).


Os três inquéritos se referem a fatos ocorridos quando Perillo era governador de Goiás.
O primeiro inquérito investigou denúncias de um suposto esquema existente no governo à época para receber propina de empreiteiras e destinar o dinheiro para a campanha de Marconi Perillo à reeleição.


As suspeitas vieram à tona em gravações feitas por um empresário durante uma reunião entre outros empreiteiros e um primo do secretário de Fazenda à época, que prometia lobby e cobrava em nome do governo.


Trajetória políticaMarconi Perillo começou sua carreira política no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi assessor pessoal do governador Henrique Santillo entre 1987 e 1991 e deputado estadual entre 1991 e 1995.


Em 1992, Perillo e Santillo, juntamente com outras lideranças do PMDB, filiam-se ao Partido Social Trabalhista (PST), permanecendo na legenda até 1993, quando a direção nacional da mesma, juntamente com a direção nacional do Partido Trabalhista Renovador (PTR) formalizam a fusão das legendas, criando o Partido Progressista (PP). Em 1994, Perillo é eleito deputado federal pelo PP.


Em 1998, Perillo foi eleito governador de Goiás pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) com apenas 35 anos de idade, tornando-se então o mais jovem governador do Brasil. Nessas eleições, as pesquisas indicavam um grande favoritismo do ex-governador e então senador Iris Rezende, ex-colega de legenda de Perillo e a principal liderança política do estado à época. Com o mote de um “tempo novo” para a política e o governo do estado, Perillo inesperadamente derrotou Rezende e assumiu o governo de Goiás, reelegendo-se depois em 2002 e contribuindo ainda para a eleição de seu sucessor, seu vice-governador Alcides Rodrigues (PP), em 2006.


Cargos eletivosDeputado estadual (1991-1995);

Deputado federal (1995-1999)

Governador (1999-2006);

Senador (2007-presente).


Filiações partidáriasPMDB (1982-1992);

PST (1992-1993);

PP (1993-1995);

PPB (1995);

PSDB (1995-presente).


Fonte:PHA


Colaboração Nancy Lima.

3 comentários:

Giovani de Morais e Silva disse...

Quer sabr quem é Marconi Pirilo? Pergunta ao Jorge Kajuru...

O TERROR DO NORDESTE disse...

Giovani, pois é.

Anônimo disse...

Se for condenar essa "pérola" do tucanato por "erros" que tais, então o desgoverno do "Cel." Lula da Silva e o partido que lhe serve de capacho já estariam sob ferros desde o assombroso Golpe do Mensalão.
Por falar em Golpe do Mensalão, não foi esse tal de Marconi Perillo um dos que avisaram aquele que "não vê, não ouve, nem sabe de nada" do "pagamento a deputados para que trocassem de partido" e do "pagamento de mesada para que votassem com o governo"? Que ele foi inocente demais em ter "avisado" foi, mas que avisou avisou!