segunda-feira, 13 de julho de 2009

Para o mundo, Lula é mesmo o cara!




Carlos José Marques, diretor editorial


Lula vem atravessando de queixo erguido os salões internacionais por onde passa. Presidentes de grandes potências repetiram na última semana o que já havia dito o americano Barack Obama: "Lula é o cara". O primeiro- ministro inglês, Gordon Brown, saudou efusivamente a presença do brasileiro no encontro do G-8. "Fico muito feliz de ter meu amigo Lula na reunião", afirmou.

O francês Sarkozy, numa quebra de protocolo e tradição de seu país, recepcionou Lula com um informal tapinha nas costas e reiterou as mesmas propostas dele quanto a mudanças da Cúpula. O italiano Berlusconi vê em Lula uma referência. Todos eles estão ouvindo o brasileiro como quem presta atenção a um guru. No encontro, Lula pediu a participação de mais países nas decisões.

Os membros do G-8 concordaram. Lula pressionou por um combate à crise sem degradação do meio ambiente. Os integrantes da Cúpula assinaram embaixo. Lula voltou a falar na reforma do Conselho de Segurança da ON U e do Fundo Monetário para que países emergentes tenham maior presença. Sarkozy tomou a bandeira como sua e prometeu lutar por ela. Pareceu que cada uma das consultas, propostas e intervenções dos líderes no G-8 levava o dedo de Lula.

De quebra, o presidente brasileiro ainda foi homenageado na sede da Unesco, em Paris, por promover a paz e os direitos humanos pelo mundo, honraria concedida antes a Nelson Mandela e Jimmy Carter. O jornal Financial Times disse que o Brasil sob a batuta de Lula vai "passar dançando sobre a crise". E não poupou referências derramadas à condução do País: "Trata-se de uma democracia madura, com uma economia diversificada e uma população jovem e adaptável".
A busca de modelos alternativos está beneficiando o Brasil e seu mandatário. No Planalto, a avaliação é de que a crise foi a principal responsável pela abertura desse espaço na política internacional. E o presidente Lula, experiente na arte de conduzir multidões e até adversários para as suas trincheiras, está aproveitando.


Dinheiro da Redação.


Colaboração da rubro-negra vitoriosa Nancy Lima.


2 comentários:

Anônimo disse...

Para o mundo dos que têm negócios lucrativos, mas muito lucrativos mesmo no Brasil, dependentes do "Bolsa-Juros", o "Cel." Lula da Silva é, de fato, "o cara". É, nesse caso, a própria "Mãe" dos Ricos", como já se tornou conhecido nos círculos mais esclarecidos. É "o cara" também para aqueles que são chegados numa ditadurazinha de esquerda, bolivariana ou não. Ou, ainda, para os que, por ignotas razões, apreciam o populismo terceiromundista de esquerda conduzido por patéticos líderes messiânicos, tais como esse "nosso" trêfego "Coronel".

Anônimo disse...

O reconhecimento de quem é verdadeiramente o "Coronel" ainda é pequeno no Brasil e, no mundo, praticamente inexiste. "The Economist" afirmou, recentemente, que ele fecha os olhos para as maracutaias que acontecem no seu desgoverno, mas esse tipo de constatação é caso raro. No Brasil, ele é tido e havido, por quem não lhe apóia as patranhas, como alguém que "não vê, não ouve, nem sabe de nada" do que não lhe convém admitir. O Golpe do Mensalão é só um exemplo.
Uma coisa é certa: esse seu comportamento passará para o folclore político nacional, mas jamais será alvo de investigação e punição!