quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os reconhecimentos a FHC


Emir Sader

Que cada um expresse aqui o reconhecimento que FHC pede.

Felizmente para a oposição, FHC não se contêm, não consegue recolher-se ao fim de carreira intelectual e política melancólicos que ele merece. E cada vez que fala, o apoio ao governo e a Lula aumentam.

Agora reaparece para reclamar que não se lhe dá os reconhecimentos que ele julga merecer. Carente de apoio popular, ele vai receber aqui os reconhecimentos que conquistou.

Em primeiro lugar, o reconhecimento das elites dominantes brasileiras por ter usado sua imagem para implementar o neoliberalismo no Brasil. Por ter afirmado que ia “virar a página do getulismo”. Por ter, do alto da sua suposta sapiência, dito a milhões de brasileiros que eles são “inimpregáveis”, que ele assim não governava para eles, que não tinham lugar no país que o tinha elegido e para quem ele governava.

O reconhecimento por ter dito que “A globalização é o novo Renascimento da humanidade”, embasbacado, deslumbrado com o neoliberalismo.

O reconhecimento por ter quebrado o país por três vezes, elevado a taxa de juros a 48%, assinado cartas de intenção com o FMI, que consolidaram a subordinação do Brasil ao capital financeiro internacional.

O reconhecimento dos EUA por ter feito o Brasil ser completado subordinado às políticas de Washington, por ter preparado o caminho para a Alca, para o grande Tratado de Livre Comércio, que queria reduzir o continente a um imenso shopping Center.

O reconhecimento a FHC por ter promovido a mais prolongada recessão que o Brasil enfrentou.
O reconhecimento a FHC por ter desmontado o Estado brasileiro, tanto quanto ele pôde. Privatizou tudo o que pôde. Entregou para os grandes capitais privados a Vale do Rio Doce e outros grandes patrimônios do povo brasileiro. Por isso ele é adorado pelas elites antinacionais, por isso montaram uma fundação para ele exercer seu narcisismo, nos jardins de São Paulo, chiquérrimo, com o dinheiro que puderam ganhar das negociatas propiciadas pelo governo FHC.
FHC será sempre reconhecido pelo povo brasileiro, que tem nele a melhor expressão do anti-Brasil, de tudo o que o povo detesta, ele serve para que se tome consciência clara do que o povo não quer, do que o Brasil não deve ser.
Texto: Emir Sader/Carta Maior
Colaboração de Nancy Lima.

2 comentários:

MOITAVERDEJANTE disse...

FHC "ESCROTO"!!! POR QUE NÃO TE CALAS ?????

Anônimo disse...

Que cada um expresse aqui o reconhecimento que o "Cel." Lula da Silva pede.
Infelizmente, para os lulopetistas, o "Coronel" não se contém, não consegue recolher-se à sua insignificância e despreparo, nem tampouco ao silêncio que a sua incapacidade intelectual e inexpressividade cultural deveriam impor-lhe.
E, a cada vez que fala, só faz com que aumente a vergonha dos brasileiros diante do verdadeiro festival de asneiras que produz, como boquirroto inconsequente que é.
Desde que foi posto lá, como autêntica tartaruga em cima do poste, não sai do palanque, sempre sequioso de receber, do país dos tolos, o reconhecimento que ele julga merecer.
Embora tenha comprado o apoio popular com o "Bolsa-Votos", ele vai receber aqui os outros reconhecimentos que conquistou.
Em primeiro lugar, o reonhecimento das elites dominantes brasileiras por ter usado a sua imagem para implementar o neoliberalismo que os tucanos haviam introduzido no Brasil.
Por ter deixado entrever, embora falsamente, que iria virar a página nefasta do coronelismo e do clientelismo-assistencialista no país.
Por ter, da profundidade abissal da sua ignorância, semeado a divisão, a discórdia e a beligerância entre os brasileiros, além de ter disseminado o preconceito contra os cidadãos de classe média, que são os que realmente movimentam a economia do país.
O reconhecimento por ter rasgado as bandeiras históricas que sempre defendeu, para aderir desvergonhadamente ao neoliberalismo, atirando-se, embasbacado e deslumbrado, no colo da banca nacional e internacional, a ponto de ter se convertido numa espécie de mascote da Oligarquia Financeira Internacional.
O reconhecimento por ter feito uma oposição raivosa e implacável a todos os seus antecessores, inspirada no "quanto pior, melhor", comprometendo a governabilidade do país e retardando as suas conquistas no campo político, econômico e social.
O reconhecimento por ter sido visceralmente contra o Plano Real, que salvou o país, e que lhe permite, hoje, colher, sem nenhum mérito, os frutos saborosos daquilo que não plantou.
O reconhecimento pelo seu conluio com os piores ditadores e ditaduras do mundo, e pelo acobertamento que propicia a aloprados e facínoras de tudo quanto é tipo.
O reconhecimento por ter jogado o país na recessão, mesmo desfrutando das benesses do Plano Real e de um dos mais extraordinários períodos de expansão da economia mundial.
O reconhecimento por ter privatizado o Estado brasileiro, aparelhando a máquina pública e loteando as estatais entre milhares de companheiros, sempre insaciáveis quando se trata de desfrutar dos bens públicos. E, também, por ter entregue parcelas do patrimônio brasileiro, como, por exemplo, refinarias da PETEbrás, a protoditaduras bolivarianas, quais as da Venezuela e da Bolívia.
O reconhecimento por ter produzido a maior, a mais extensa, a mais profunda e a mais fantástica série de escândalos que esse país já viu desde o seu descobrimento, a ponto de ter sido considerado, por aquele que viria a ser um dos integrantes do seu próprio desgoverno, como "o mais corrupto da História do Brasil".
E, infelizmente, é assim que o seu desgoverno será reconhecido e lembrado no futuro, quando o simples bom senso falar mais alto do que os caraminguás das "bolsinhas" dadas aos pobres ou os zilhões dos "sacolões" com que os ricos e muito ricos têm sido regiamente aquinhoados.
O Brasil comprenderá, então, embora um tanto quanto tardiamente, que "O Cara" tem a cara de tudo o que o país não precisa nem deve ser.