terça-feira, 7 de julho de 2009

Mais um ponto para o estadista:Banco Mundial endossa proposta de Lula para “emergentes”


7 DE JULHO DE 2009


Para possibilitar aos países “em desenvolvimento” maior poder nas deliberações do Banco Mundial, seu presidente, Robert Zoellick, endossará as propostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros países emergentes para reformar a instituição que comanda. Disse que trabalhará para garantir uma mudança nos votos dentro da instituição e um novo equilíbrio de poderes entre países ricos e “emergentes”.

"Apoio a idéia do presidente Lula", afirmou Zoellick, que no governo de George W. Bush ocupou um cargo equivalente a ministro do comércio. O norte-americanos era conhecido entre os demais ministros de comércio por não gostar de reuniões onde participavam muitos países. Em uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) no Egito, em 2003, ele chegou a pedir para que os países pobres não fizessem discursos longos e se irritou diante do número de convidados.

Agora, está sendo obrigado a mudar o tom de suas declarações. A reforma das instituições multilaterais está no centro dos debates e fará parte das reuniões nesta semana entre os países do G-8 e os “emergentes”. Zoellick também estará na reunião do G8, grupo que tem sua legitimidade questionada pelo Brasil e pelos demais emergentes. O Brasil quer que os países emergentes tenham, pelo menos, 50% do poder de voto dentro do Banco Mundial. Hoje, 56% dos votos no Bird estão com 29 países ricos. Já os demais 156 representam apenas 44% dos votos.

O Brasil tem 2,06% dos votos. O que o governo quer é que haja pelo menos uma paridade. Outra insistência do Brasil é para que fique claro que a escolha dos novos presidentes serão feitas independentes da nacionalidade do candidato. Nos últimos 60 anos, o cargo era de um norte-americano. "Esperamos avançar o processo para garantir que as mudanças sejam feitas até a primavera do hemisfério norte de 2010 (abril-maio do próximo ano)", afirmou Zoellick.

O norte-americano admite que o processo será determinado pela vontade políticos dos acionistas do Banco em chegarem a um acordo sobre os novos poderes de voto de cada país. Países ricos continuam hesitando em reduzir seu poder dentro da entidade. Murilo Portugal, vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), admite que a entidade também caminha na direção de reformas. "Haverá uma mudança no poder de voto a favor das economias emergentes", afirmou Portugal.

Mundo das redes

Ele deixa claro que as economias em desenvolvimento sairão da reforma com mais peso nas decisões internas do FMI e que o projeto de revisão dos trabalhos da entidade foi antecipado de 2013 para 2011. "É possível que haja uma nova transferência de poder de votos", afirmou. Na última revisão, o Brasil teve sua cota elevada de 1,3% dos votos para 1,7%. Mas o déficit de representação ainda é importante. Se o critério de poder de compra for utilizado, o Brasil teria de ter 2,9% dos votos na entidade.

O debate sobre os grupos e instituições financeiras deixa alguns ainda na defensiva. Esse é o caso de Angel Gurría, secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne os países ricos e que por anos tentou atrair os demais emergentes para não perder sua legitimidade. Para Gurría, o mundo passará a viver em uma nova relação entre instituições e diferentes grupos de países, como o G-8 ou o G-20. "Não é uma questão de ter um ou outro. Não há conflito entre grupos. Eles são complementários.

Cada grupo precisa de seu espaço. Hoje, o mundo é das redes, do network. E assim é que podemos imaginar uma nova configuração de países", afirmou. A OCDE é conhecida como sendo o grupo de países ricos e que chegou a convidar o Brasil para fazer parte da entidade. O Itamaraty, porém, rejeitou o convite. Para o Brasil, a idéia é de que haja uma transição suave entre o G-8 e o G-20. O chanceler Celso Amorim já deixou claro que, em sua avaliação, o G-8 morreu.

As informações são do Monitor Mercantil

4 comentários:

Anônimo disse...

É nada! Essa gente não dá ponto sem nó. Já percebeu que o "retardista" não passa de um poodle, sempre disposto a lamber os pés dos seus donos, da Oligarquia Financeira Internacional. Por conta disso, está sempre lhe dando algus petiscos, como se vê.

Gilvan disse...

Anônimo, é duro aceitar o sucesso do nosso Lula, não?

MOITAVERDEJANTE disse...

ANÔNIMO, VÁ LAMBER SABÃO !!!!!

Anônimo disse...

Esse tipo de "sucesso" que faz o "Coronel" não me impressiona nem um pouco, tanto pelas razões que expuz acima quanto por outras que seria indecoroso estar expondo aqui.
Quanto a "lamber sabão", acho que é melhor e mais digno do que lamber as solas do coturno do "Cel." Lula da Silva, não lhe parece, soldadinho?