quarta-feira, 15 de julho de 2009

Efeito Bolsa Família:Vendas no varejo melhoram, amparadas por programas sociais

Triste ver que ainda há ainda gente contra os programas sociais do governo Lula.
14/7/2009


Por Redação CB- do Rio e São Paulo

As vendas no varejo brasileiro subiram em maio acima das expectativas dos analistas tanto na comparação com abril como com maio de 2008, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira. O crescimento sobre abril foi de 0,8%, com ajuste sazonal. Na comparação com maio de 2008, houve expansão de 4%.

Economistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters previam um crescimento mês a mês de 0,4% e uma alta de 3% ante maio de 2008. O IBGE acrescentou que os dados de abril foram revistos. Na comparação com março, a queda preliminar de 0,2% passou para queda de 0,1%. E em relação a abril de 2008, a alta de 6,9% foi revisada para acréscimo de 7,1%. Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas cresceram 4,4%, contabilizando uma expansão de 6,5% em 12 meses.

Após dois meses em queda, as vendas do varejo brasileiro cresceram de forma generalizada em maio, superando as estimativas dos analistas tanto na comparação mensal como anual. O principal suporte veio da renda, bem como estímulos fiscais do governo. Dos 10 setores pesquisados em maio, apenas o de máquinas e equipamentos para escritório apresentou uma variação negativa (-11,6%) na comparação de maio com abril.

– A gente vê uma tímida melhora no crédito, na confiança do consumidor, o desemprego está estável e a massa salarial está subindo num cenário de inflação mais baixa. As políticas de incentivo do governo, como a redução do IPI, repercutem na venda de automóveis e materiais de construção. Os sinais para eletrodomésticos são mais tímidos – disse o economista do IBGE Reinaldo Pereira a jornalistas.

O economista-sênior do BES Investimentos, Flávio Serrano, reforça que os dados do varejo mostram que a renda continua sendo um suporte importante para a atividade econômica do país, garantido um comportamento diferenciado da atividade local frente às principais economias do mundo.

– Setor externo e bens de capital ainda sofrem bastante, mas bens de consumo duráveis já reagem aos estímulos concedidos, e bens de consumo não-duráveis seguem com bom desempenho derivado da massa salarial em expansão – afirmou.

O varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e construção civil, cresceu 3,7% em relação a abril e, 3,3% frente a maio de 2008. Na comparação com maio de 2008, houve expansão de 4% nas vendas do varejo, acima da alta de 3% calculada por analistas, mas abaixo dos 7,1% observados em abril, mês influenciado pela ocorrência da Páscoa.

Ainda, o acréscimo de 4% foi o mais baixo para um mês de maio desde 2005 (2,7%). O setor de super e hipermercados impulsionou as vendas ante maio de 2008. Esse segmento respondeu por quase 80% da taxa, o equivalente a 3,1 pontos percentuais.

– Isso comprova a força a demanda interna mesmo com a crise. Além disso, políticas de assistência social como Bolsa Família e Seguro Desemprego foram até fortalecidas – avaliou Pereira.

O IBGE acrescentou que os dados de abril foram revistos. Na comparação com março, a queda preliminar de 0,2% passou para queda de 0,1%. E em relação a abril de 2008, a alta de 6,9% foi revisada para acréscimo de 7,1%. Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas cresceram 4,4%, contabilizando uma expansão de 6,5% em 12 meses.

Perspectiva

A perspectiva para o mês de junho é que existe um ambiente mais favorável para o comércio.

– Há um sentimento de que o pior da crise já passou. Se isso que se fala é verdade, a tendência é positiva para o comércio nacional – afirmou Pereira.

Flávio Serrano, do BES Investimentos, observa que a massa salarial continua crescendo --mesmo que em um ritmo mais modesto do que era verificado até o final do ano passado, o que deve garantir sustentação para as vendas do varejo.

– Esperamos mais um bom resultado em junho – disse.

Bens duráveis

No Estado de São Paulo, a intenção de compra dos consumidores de bens duráveis, para o terceiro trimestre deste ano, sofreu elevação de 1,8 ponto porcentual, para 74,2%, na comparação com o segundo trimestre. As informações constam da pesquisa do Programa de Administração do Varejo (Provar), divulgado nesta terça-feira pela Fundação Instituto de Administração (FIA). O resultado é 12,4 pontos porcentuais superior ao do mesmo período do ano passado. Segundo o Provar, este é o melhor resultado da série iniciada em 1999.

Quanto ao terceiro trimestre de 2008, os maiores crescimentos na intenção de compra foram registrados nos itens automóveis (41,2%), móveis (34,6%), eletroeletrônicos (32,6%), materiais de construção (27%), cama, mesa e banho (16,7%), linha branca (13,1%) e informática (2,8%). Já o segmento telefonia e celular teve variação zero, enquanto cine e foto e eletroportáteis apresentaram retração nas intenções de compra.

Ainda segundo o Provar, "há nitidamente uma tendência de melhora da confiança dos indivíduos em adquirir novos produtos", quando comparado ao trimestre anterior. "O consumidor deverá continuar sensível ao ambiente de ofertas, promoções e desoneração fiscal que vem sendo amplamente comunicado", acrescenta o documento

No total das compras previstas para ocorrer no terceiro trimestre, os produtos de informática lideram a intenção de compra de 500 consumidores paulistanos, com 14,2%, seguido por linha branca (12,2%), cine e foto (11,6%), móveis (10,4%), telefonia e celulares (9,8%), eletroeletrônicos (9,2%), materiais de construção (7,4%) e automóveis e motos (6,8%).

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