quinta-feira, 27 de novembro de 2008

TUCANOS QUEREM TOCAR FOGO NO PALHEIRO

Jereissati denuncia problema de caixa "sério" da Petrobras



O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) interrompeu há pouco a votação da Medida Provisória 441/08 para fazer um comunicado que, a depender dos desdobramentos, terá implicações diretas para a maior empresa brasileira, a Petrobras. Segundo o tucano, a petrolífera estaria com problema de caixa “sério”, o que a teria levado a pedir empréstimo à Caixa Econômica Federal para reforçar as reservas.

“Recebi informações o dia inteiro de que a Petrobras está com problema de caixa sério. Isso, por si só, já é um assunto grave”, disse Jereissati, que esperou o fechamento da Bovespa para anunciar a notícia, para não "provocar interferência" na bolsa. “Como é que pode a Petrobras, num momento como esse – em que estava, há uma semana, cantada e decantada como o símbolo da riqueza e prosperidade do país e do governo – estar sofrendo problema de caixa sério?”

Jereissati disse que auditores da Petrobras identificaram problemas para obtenção de crédito e, não tendo a empresa conseguido empréstimo junto a instituições privadas – como o Banco do Brasil –, tiveram de recorrer à Caixa. “Que não tem nada a ver com isso. Não é para estar emprestando dinheiro para a Petrobras”, completou o parlamentar cearense, informando que o empréstimo contraído junto à Caixa foi de R$ 2.022.700 bilhões, em 31 de outubro deste ano.

De fato, um documento obtido pela reportagem com “informações trimestrais da legislação societária” da Petrobras encaminhado à Companhia de Valores Mobiliários (CVM) registra a negociação naquele mês. “O empréstimo tem como objetivo reforçar o capital de giro da Companhia”, diz trecho do relatório.

O empréstimo foi contraído nos seguintes termos: prazo de 180 dias para pagamento, principal e encargos com amortização única ao fim do prazo; taxa de juros de 104% do Crédito de Depósito Interfinanceiro (CDI-Over); incidência do Imposto sobre Operações Financeiras; e cláusula de amortização extraordinária e liquidação antecipada.

A "Cédula de Empréstimo Bancário" firmada entre Petrobras e Caixa estabelece ainda que "a qualquer tempo, a companhia poderá fazer pagamentos extraordinários para amortizar a dívida, bem como efetuar a liquidação antecipada".

Depois do pronunciamento, Jereissati e o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), entregaram à Mesa Diretora requerimento de convite para que os presidentes da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e da Caixa Econômica, Maria Fernanda Ramos Coelho, compareçam à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. "Essa notícia me causou espécie", disse Virgílio, explicando ser fundamental que ambos compareçam para dar explicações sobre o assunto no colegiado.

Não é bem assim

Depois da "denúncia" feita por Jereissati, o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), pediu a palavra e fez um comunicado para "tranqüilizar" seus pares. Casagrande disse ter telefonado para o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e que a situação da empresa é "normal".

"O presidente Gabrielli me deu uma explicação que pareceu convincente. Hoje em dia, nenhuma empresa, pública ou privada, vive sem crédito. São operações normais, do dia-a-dia ", declarou Casagrande, garantindo que as explicações de Gabrielli "de fato dão um pouco mais de tranqüilidade sobre a situação da Petrobras".

"O mercado financeiro do Brasil de fato funciona normalmente, e melhor do que o sistema financeiro internacional, que é onde a Petrobrás busca mais recursos", arrematou Casagrande, que recebeu apoio do governista Inácio Arruda (PCdoB-CE). "O dinheiro foi emprestado aqui [no Brasil], e vai circular aqui", disse o parlamentar cearense.

Mas o pronunciamento de Casagrande não demoveu Jereissati da idéia de aprofundar a discussão. "Não é corriqueiro empréstimos para capital de giro da Caixa Econômica para a Petrobras. Gostaria de saber o que levou a Petrobras a ter problema de caixa", insistiu o tucano, reiterando a importância do comparecimento de Gabrielli (Petrobras) e Maria Fernanda (Caixa) à CAE. (Fabio Góis). Congresso em Foco.
Comentário.
Esses tucanos corruptos pensam que o Brasil de Lula é o de FHC.Na verdade, o sonho dessa corja é vender a PETROBRÁS, o BANCO DO BRASIL, a CEF e o BNBES agora quererem dar uma de grande defensores do patrimônio nacional.Cai fora corruptos!

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