domingo, 28 de setembro de 2008

QUANDO A ESTATIZAÇÃO SÓ É BOM NEGÓCIO NA HORA DO APERTO


Com socorro de €11,2 bi, parte do banco Fortis é nacionalizado

Instituição está entre as 20 maiores da Europa; acordo de emergência prevê a venda dos ativos do ABN Amro

Agências internacionais

BRUXELAS - O primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme, afirmou neste domingo, 28, que o banco europeu Fortis será parcialmente estatizado. Os governos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo anunciaram que irão injetar €11,2 bilhões (US$16.4 bilhões) na instituição. Os três países tentam salvar da concordata o maior banco da Bélgica e o maior empregador privado. O Fortis também venderá os ativos do ABN Amro que adquiriu no ano passado por € 10 bilhões. A instituição está entre os 20 maiores da Europa.



Segundo Leterme, o governo belga investirá 4,7 bilhões de euros no Fortis por 49% das ações. Além disso, o governo de Luxemburgo investirá 2,5 bilhões de euros por 49% do Fortis Banque Luxembourg e o governo holandês investirá 4 bilhões de euros por 49% do Fortis Holding Netherlands. Ele também anunciou que o Fortis venderá sua participação no banco ABN AMRO e que o presidente do conselho do Fortis, Maurice Lippens, irá renunciar.

Desta maneira, as autoridades buscam garantir a estabilidade do Fortis, cujo núcleo de negócio se localiza no Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), mas que tem presença em mais de 50 países e está entre as 20 maiores entidades da Europa. As negociações para salvá-la da crise em que se viu imersa devido à explosão das turbulências financeiras e dos problemas para assimilar a aquisição do ABN Amro se intensificaram neste fim de semana.

Além dos contatos entre os governos belga, holandês e luxemburguês e os supervisores financeiros, houve hoje a presença do presidente do Banco Central Europeu (BCE), que foi a Bruxelas para analisar a situação com Leterme. O objetivo é enviar um sinal de tranqüilidade aos mercados antes do início do próximo pregão das bolsas.

Na semana passada, os rumores em torno da situação financeira do Fortis e sobre seus planos de futuro prejudicaram sua cotação e o banco acumulou cinco pregões consecutivos de quedas, que acabaram na sexta-feira em uma perda de mais de 20%.
Comentário.
Menos mau que o PROER de FHC, que só fez salvar banqueiro falido, inlusive, o filho dele, que, mesmo com a ajuda, quebrou-se.

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